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19 de abril de 2024

Mário Hossokawa constrange jornalista em sessão da Câmara


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 10/10/2019 às 17h14 Atualizado 24/02/2023 às 13h26
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O assunto é polêmico: aumentar ou não o número de vereadores em Maringá. A cidade, que tem pouco mais de 400 mil habitantes, poderia ter até 23 vereadores, mas tem 15, porque assim quer a população, descontente com o custo-beneficio das câmaras municipais de um modo geral.

O tema voltou à tona porque a Câmara de Maringá vai reformar o plenário e vai instalar mais dispositivos eletrônicos para acomodar 23 mesas. O presidente da Câmara, Mário Hossokawa (PP), abriu a sessão explicando que não haverá aumento de cadeiras na Câmara. É uma reforma apenas para preparar a Casa para o futuro.

“Nós vamos trocar as mesas e vamos ter que tirar toda a fiação que esta aí… Nós já estamos deixando preparado para um dia se acontecer de a Câmara aumentar o número de vereadores não precise novamente cortar o piso. Nós vamos deixar o cabiamento pronto. […] Muitas pessoas até hoje perguntam: ‘é verdade que vocês vão, em regime de urgência, aumentar o número de cadeiras?’ Eu posso garantir que não tem projeto nenhum, ninguém está conversando sobre aumentar o número de cadeiras. Na atual legislatura, não vai ter projeto nenhum no sentido de aumentar o número de cadeiras”, disse Hossokawa. 

A reportagem da rádio CBN Maringá aproveitou a deixa para registrar a opinião dos vereadores sobre o assunto. Todos se dizem contra o aumento de cadeiras nesta legislatura, embora alguns se digam a favor do aumento da representatividade no futuro:

Alex Chaves (PHS): “Sou contra. No momento, o país passa por uma reestruturação. Nós precisamos ter a representatividade, isso é muito importante, mas é necessário um amplo debate com a comunidade. A comunidade precisa se sentir representada por aqueles que aqui estão. Quando isso for senso comum, aí a gente pode começar uma conversa”, afirmou. 

Professor Niero (PV): “Sou contra, porque acredito que os 15 vereadores que já estão na casa desenvolvem um bom trabalho. Talvez no futuro, com o aumento da população, seja possível um aumento [no número de cadeiras], mas no momento, não. Acho que isso tem que ser uma coisa natural”, comentou. 

Flávio Mantovani (PPS): “Sou a favor do aumento da representatividade, ou seja, se Maringá tiver mais vereadores, o valor gasto com a Câmara Municipal é o mesmo, porque esse dinheiro é constitucional. Aquela porcentagem do orçamento do município não vai ser alterada. Mas a gente entende também que quem elege os vereadores é a população. Se a população entende que agora não é o momento de aumentar as vagas, logicamente que todos os vereadores vão contra”, disse Mantovani. 

Odair Fogueteiro (PHS): “Nesse momento eu sou contra o aumento de cadeiras, ouvindo a população”. 

Altamir Santos (PSD): “Acho que nesse momento que Maringá e que o país passa, o aumento não é necessário. [Talvez] futuramente”. 

Carlos Mariucci (PT): “Acho que o momento não é apropriado, mas eu sou inteiramente a favor. Maringá, uma cidade de 420 mil habitantes, ter apenas 15 vereadores… As demandas, os trabalhos são muitos. Por isso, sou a favor. Talvez no futuro, mas não nessa legislatura”, comentou. 

Por fim, William Gentil (PTB) também disse ser totalmente contra. 

Não foi possível conversar com todos os representantes da Câmara, mas a maioria acredita que este ano, e o próximo pelo menos, não são propícios para o debate. E como a eleição municipal será daqui um ano, nem haveria prazo legal para mudanças.

O que impressiona, no entanto, é o mal-estar que a simples referência ao assunto causa no Legislativo, a ponto da presidência da Casa se incomodar com o trabalho dos jornalistas.

“Tem uma repórter de rádio que está aqui querendo colocar palavras na boca de vereadores, sendo que eu fiz o esclarecimento devido dizendo que não tem nenhum vereador que está articulando, não tem nenhum projeto tramitando na casa no sentido de alterar a lei orgânica do município para aumentar o número de vereadores. Então, eu quero deixar, mais uma vez, bem claro porque tem gente que não entende, ou dá de desentendida, fica entrevistando, chamando vereador no cantinho, pressionando vereador, achando que nós vamos fazer às escondidas. Não tem como a gente aprovar um projeto dessa natureza às escondidas da população”, disse Mário Hossokawa. 

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