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27 de abril de 2024

Valeixo estava cansado e desde janeiro queria sair, diz Bolsonaro


Por Lethícia Conegero Publicado 24/04/2020 às 21h45 Atualizado 23/02/2023 às 08h19
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Em discurso no Palácio do Planalto na tarde desta sexta-feira, 24, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), falou sobre a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, que levou ao pedido de demissão de Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Bolsonaro disse que na noite desta quinta-feira, 23, conversou com Valeixo por telefone e que “ele concordou com a exoneração”. E reforçou que “o Dr. Valeixo, em contato com a superintendência do Brasil, comunicou que estava cansado e que desde janeiro queria sair. Então não foi uma demissão de causar surpresa a quem quer que fosse”, disse ele, que destacou: “pessoalmente, não tenho nada contra Valeixo”.

Bolsonaro disse que nesta quinta-feira, 23, conversou com Sérgio Moro sobre a substituição da Polícia Federal e que “esperava, em conjunto com o senhor ministro, definir um nome para dirigir a instituição, ainda que, pela lei, essa seja uma prerrogativa exclusiva do presidente da República”. A lei a que se refere é a 13.047/2020.

Disse, ainda, que Sérgio Moro aceitaria exoneração de Maurício Valeixo se fosse indicado para cargo no Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro. Bolsonaro afirmou que negou o pedido e disse: “Reconheço as suas qualidades em chegando lá, se um dia chegar, pode fazer um bom trabalho, mas eu não troco. E, outra coisa, é desmoralizante para um presidente ouvir isso.”

Em coletiva de imprensa na manhã desta sexta, Sérgio Moro explicou que pediu demissão por não concordar com a exoneração de Valeixo e com interferência política de Bolsonaro no comando da Polícia Federal.

No discurso, Bolsonaro negou ter pedido informações sobre o andamento de processos da PF. Disse que “não são verdadeiras as insinuações de que eu desejaria saber sobre investigações em andamento. Nos quase 16 meses em que esteve à frente do MInistério da Justiça sabe que jamais lhe procurei para interferir nas investigações que estavam sendo realizadas”.

Contudo, disse que “implorou” por informações referentes a três investigações: a facada que levou durante campanha eleitoral, o caso do porteiro do Rio de Janeiro, que citou Jair Bolsonaro no processo sobre a morte de Marielle Franco – e situação envolvendo seu filho Jair Renan Bolsonaro.

O presidente da República ressaltou que está “decepcionado e surpreso” com o comportamento de Sérgio Moro: “Não se dignou a me procurar e preferiu uma coletiva de imprensa para comunicar sua decisão”.

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