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25 de abril de 2024

‘Em momento algum falei em superfaturamento’, diz secretário de Saúde


Por Victor Simião/CBN Maringá Publicado 22/05/2020 às 20h45 Atualizado 22/02/2023 às 23h59
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O secretário de Saúde de Maringá, Jair Biatto, disse não ter falado em nenhum momento a palavra ‘superfaturamento’ durante a participação dele na sessão de quinta-feira, 21, na Câmara de Vereadores.

Em entrevista coletiva no Paço Municipal, na tarde desta sexta-feira, 22, ele explicou o que quis dizer quando afirmou que o poder público compra produtos até três vezes mais caros.

Segundo Biatto, a razão disso é a burocracia e, no caso da pandemia, o aumento da procura por produtos de saúde. De fato, ao longo da fala dele na Câmara de Vereadores, em nenhum momento foi usado o termo ‘superfaturado’ ou algo relativo.

A coletiva foi acompanhada por secretários municipais e vereadores, na Sala de Reuniões do Paço Municipal, e foi motivada após a repercussão negativa de uma declaração de Jair Biatto feita aos parlamentares.

O secretário de Saúde apresentou exemplos durante a coletiva. Em uma deles, mostrou a diferença de valor de uma máscara cirúrgica. Em janeiro, custava R$ 0,47. Em maio, R$ 1,75. No caso de um remédio específico, foi comprado no ano passado por R$ 3,55. Agora, custa R$ 6,02.

Na quinta-feira, Biatto falou que é comum a prefeitura pagar mais caro por um produto.

“Posso dizer para vocês que no processo de compra em licitação de qualquer prefeitura do Brasil, as vezes, ou de maneira geral, paga-se mais do que na rede privada. Eu já mostrei isso assim que assumi a secretaria de Saúde. Se vocês lembrarem, nós mostramos lá atrás que um tubo de coleta de sangue era três vezes mais pago pelo município do que na rede privada, o valor do antibiótico também é assim. Nos trâmites normais, nas licitações, nos bancos de preços, todo um processo da prefeitura, essa é a realidade. Podemos entrar, fazer pesquisa. Nada ilegal, tudo autorizado, licitado, contratualizado, empenho, isso é a realidade”, afirmou.

A afirmação foi criticada por alguns vereadores e pelo Observatório Social de Maringá.

Na manhã desta sexta-feira, 22, o prefeito Ulisses Maia (PDS) disse que a alta nos preços poderia ser indício de cartel na saúde. O secretário falou, durante a coletiva, que são os órgãos de controle que devem afirmar se há ou não cartel na cidade.

“Quem tem que dizer se tem cartel ou não na saúde, não sou eu, são os órgãos que controlam os fornecedores da saúde. Posso dizer para vocês que hoje a situação no Brasil para o fornecimento de materiais e medicamentos é influenciada pela situação do Covid-19”, ressaltou.

Em relação aos comentários sobre superfaturamento, Jair Biatto disse que as pessoas entendem como querem.

“Falei durante duas horas, todos concordaram com o que eu falei. Eu não falei superfaturamento, isso foi da interpretação do que eu falei. Posso dizer para o cidadão maringaense que nós seguimos os ritos, principalmente para cuidar da vida das pessoas”, acrescentou.

Em meio à pandemia do coronavírus, a Secretaria de Saúde tem sido alvo de críticas. Além disso, tem havido licitações desertas. Ou seja: empresas optam ou por não ofertar ao poder público ou não entram no processo por não dispor do produto solicitado.

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