Deputados estaduais maringaenses foram ressarcidos em mais de R$ 1 mi
Cada um dos três deputados estaduais cuja base eleitoral fica em Maringá recebeu mais de R$ 1 milhão de reais em verbas de ressarcimento. O valor é a soma da quantia ressarcida anualmente entre 2015 e 2017. O balanço é do Observatório Social de Maringá (OSM), a partir do portal da transparência da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
As informações foram apresentadas nessa terça-feira (24) na Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim).
As verbas de ressarcimento são os gastos que o deputado tem. Viagens, hospedagem em hotel, alimentação e outros. Por mês, cada parlamentar pode gastar até R$ 31.470 reais. O valor é acumulativo. Por ano são R$ 377 mil reais.
A quantia não é ilegal, pois está prevista no regimento da Alep para custear o mandato.
A Alep tem 154 parlamentares. No ranking do observatório há 58 nomes, pois houve entrada e saída de deputados no período. O valor máximo para ressarcimento foi de R$ 1,13 milhão na soma dos três anos.
Os deputados maringaenses não estão entre os dez primeiros que receberam as verbas.
De Maringá, o primeiro nome que aparece na lista dos 58 é o de Evandro Junior (PSDB). Ele está na 19ª colocação, tendo sido ressarcido em R$ 1,94 milhão entre 2015 e 2017.
Depois vem a deputada Maria Vitoria (PP), na 26ª posição. Do total possível, ela foi ressarcida em R$ 1,88 milhão.
Dr. Batista ficou na 36ª posição, sendo ressarcido em R$ 1,68 milhão nos três anos.
Outro lado
Em nota, o deputado Evandro Júnior disse que utiliza as notas de ressarcimento para desenvolver o mandato e que preza pelo dinheiro público e transparência nas ações. Ele parabenizou o Observatório Social pelo levantamento.
Maria Vitória disse que são gastos que fazem parte das atividades diárias do gabinete e que estão dentro da lei. Também afirmou que as verbas são para o atendimento da população.
Até o fechamento da matéria, Dr. Batista não havia respondido.
Segundo o levantamento, o deputado que mais utilizou o ressarcimento foi Luiz Cláudio Romanelli (PSB), que foi líder do governo Beto Richa. Ele foi ressarcido em R$ 1,11 milhão entre 2015 e 2017.
O que menos foi ressarcido foi o deputado Chico Brasileiro (PSD), com R$ 803 mil no período.
