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16 de abril de 2024

Compras na Saúde: Vereador diz que CPI aprovada é ‘teatro’


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 26/05/2020 às 16h02 Atualizado 22/02/2023 às 23h19
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O vereador William (PSB) afirmou nesta terça-feira, 26, em sessão da Câmara de Maringá, que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aprovada para investigar as compras do setor de saúde é um ‘tetrato’. 

A sessão da Câmara esquentou logo no início. O assunto polêmico que elevou as temperaturas foi justamente a CPI da Saúde. Na semana passada, o secretário de Saúde Jair Biatto falou em alto e bom som que a prefeitura paga até três vezes mais do que a iniciativa privada pelo mesmo produto. Ele citou como exemplo a compra de medicamentos.

No mesmo dia, os vereadores Willian Gentil e Dr. Jamal (PSL) propuseram uma CPI para apurar as compras da prefeitura desde o início da gestão. No entanto, a proposta dos parlamentares só conseguiu quatro assinaturas, insuficiente para chegar a plenário.

Simultaneamente, foi proposta outra CPI, do vereador Sidnei Telles (Avante) e que conseguiu 11 assinaturas.

“No dia 7 de maio, eu já havia divulgado nas redes sociais e havia dito: Se o que o Secretário afirmou no plenário fosse real, seria necessário uma investigação. Inclusive, conversei com o Observatório Social sobre isso”, afirmou.

Na sessão desta terça-feira, os vereadores que tiveram a CPI rejeitada soltaram o verbo na tribuna. O vereador Willian Gentil disse que a CPI aprovada era “teatro”.

“Vereadores até semana passada estavam elogiando o prefeito. De repente, após a mobilização da imprensa, começaram a metralhar o Secretário, um ‘fogo amigo’. Não combina com a formação dessa CPI, que só vai investigar os últimos 12 meses e não os 4 anos do mandato, como o Biatto mencionou”, declarou.

O vereador Dr Jamal disse que a CPI aprovada é uma CPI alternativa para esvaziar a investigação. E desconfia que a estratégia foi definida pelos vereadores da base aliada numa reunião com o prefeito. A intenção, segundo o vereador, seria culpar os fornecedores pelos preços acima do mercado.

“O Secretário de Saúde veio aqui, declarou na nossa tribuna que realiza as compras superfaturadas desde o início da gestão. Por isso, nós queremos a investigação dos últimos 4 anos, não apenas desses 12 meses. Nós estamos em calamidade pública, e eles vão alergar que existe um ‘cartel’. Sabemos que essa CPI, da forma como foi montada, não vai dar em nada”, declarou.

O líder do prefeito na Câmara, Alex Chaves (MDB), nega qualquer reunião.

“A base aliada do prefeito possui um vereador, o Bravin, o MDB, que é o partido do vice-prefeito, o meu e o Professor Niero, além de outros partidos que terão seus próprios candidatos à prefeitura. O que aconteceu foi que, desde que a CPI foi veiculada, eu enquanto líder tentei conversar com o prefeito, convencê-lo da necessidade de esclarecimentos, assim como os outros vereadores normalmente conversam com ele, de forma normal”, justificou.

Por fim, chegou a hora da escolha dos integrantes. Dr. Jamal foi eleito pelos colegas porque é médico. Mas por não concordar com a CPI de doze meses, o vereador declinou. Tarde demais explicou a presidência. Dr Jamal avisou que vai renunciar. Outros quatro vereadores participam: Mário Verri (PT), Alex Chaves (MDB) , Sidnei Telles (PSD) e Flávio Mantovani (Rede).

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