Collor pede desculpas por confisco da poupança após 30 anos
O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello pediu perdão nesta segunda-feira, 18, pelo confisco de saldos de cadernetas de poupança e contas correntes em março de 1990. Pelo Twitter, o agora senador disse que acreditou que as medidas radicais poderiam conter a inflação.
O pedido de desculpas acontece mais de 30 anos após o anúncio do Plano Collor 1, em 16 de março de 1990. “Acreditei que aquelas medidas radicais eram o caminho certo. Infelizmente errei. Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos”, escreveu.
Collor disse que o objetivo central de sua equipe era conter a hiperinflação de 80% ao mês e que não via alternativa viável na época. A situação econômica do País, segundo ele, prejudicava os mais pobres e as “pessoas estavam morrendo de fome”.
“Era uma decisão dificílima. Mas resolvi assumir o risco. Sabia que arriscava ali perder a minha popularidade e até mesmo a Presidência”, diz a publicação. “Quisemos muito acertar. Nosso objetivo sempre foi o bem do Brasil e dos brasileiros.”
Nas últimas semanas, o ex-presidente tem reforçado sua presença nas redes sociais e abriu espaço para internautas enviarem perguntas. “Respondo toda e qualquer questão, mas o volume tá muito grande e vou aos poucos.”
Pessoal, entendo que é chegado o momento de falar aqui, com ainda mais clareza, de um assunto delicado e importante: o bloqueio dos ativos no começo do meu governo. Quando assumi o governo, o país enfrentava imensa desorganização econômica, por causa da hiperinflação: 80% ao mês!
— Fernando Collor ⏳🇧🇷 (@Collor) May 18, 2020
Os mais pobres eram os maiores prejudicados, perdiam seu poder de compra em questão de dias, pessoas estavam morrendo de fome. O Brasil estava no limite! Durante a preparação das medidas iniciais do meu governo, tomei conhecimento de um plano economicamente viável, mas
— Fernando Collor ⏳🇧🇷 (@Collor) May 18, 2020
politicamente sensível, com grandes chances de êxito no combate à inflação. Era uma decisão dificílima. Mas resolvi assumir o risco. Sabia que arriscava ali perder a minha popularidade e até mesmo a Presidência, mas eliminar a hiperinflação era o objetivo central do meu governo..
— Fernando Collor ⏳🇧🇷 (@Collor) May 18, 2020
e também do País. Acreditei que aquelas medidas radicais eram o caminho certo. Infelizmente errei. Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos.
— Fernando Collor ⏳🇧🇷 (@Collor) May 18, 2020
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Eu e a minha equipe não víamos alternativa viável naquele início de 1990. Quisemos muito acertar. Nosso objetivo sempre foi o bem do Brasil e dos brasileiros.
— Fernando Collor ⏳🇧🇷 (@Collor) May 18, 2020