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20 de abril de 2024

Barros defende pagamento de seguro-desemprego para setores inativos


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 23/03/2020 às 19h36 Atualizado 23/02/2023 às 16h22
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O deputado federal Ricardo Barros defende pagamento de seguro-desemprego e suspensão de contratos para os setores inativos durante a epidemia do novo coronavírus. Para o mandatário, “só o Governo poderá pagar a conta pelo isolamento social e da paralisação das empresas”.

Em entrevista à CBN Maringá, ele comentou o assunto e as medidas tomadas pelo Governo Federal até aqui. Confira:

Qual é o papel do Governo Federal diante desta crise?

“O Governo Federal determinou a suspensão do contrato de trabalho, mas não autorizou, na medida, o pagamento de seguro desemprego. Houve uma reação forte nesse sentido. Eu espero que o presidente da República autorize, mediante uma nova MP, o pagamento de seguro desemprego pelos próximo quatro meses”.

“Só o Governo poderá pagar a conta pelo isolamento social, da paralisação das empresas. Ninguém mais vai conseguir”, diz Ricardo Barros

“O trabalhador não vai conseguir ficar 4 meses sem receber, assim como o patrão não vai conseguir bancar 4 meses de salário sem produção. É preciso que o governo interceda, como aconteceu no Reino Unido e nos Estados Unidos”, declarou.

O senhor acredita que é possível fechar essa conta?

“Não, a conta não fecha. Somente com o Governo mantendo a estrutura produtiva do Brasil em ordem, poderemos retomar o caminho após esse período. O Governo vai precisar emprestar recursos e bancar a crise. Não vejo nenhuma outra alternativa para sairmos desse momento”.

Já existe um cálculo para saber qual será o tamanho do déficit em 2020?

“É impossível saber como ficará a economia. O Governo está prorrogando uma série de dívidas e contribuições, com parcelamentos de 6 meses a partir de julho. Entretanto, essa não é uma questão a ser analisada agora. A calamidade nos permite gastar além do orçamento. O Governo agora necessita tomar medidas para manter a paz social, manter relações com a iniciativa privada e o poder público, para que possamos retomar o caminho do crescimento econômico o mais rápido possível quando toda esta crise acabar.”

Como está a equipe econômica? O que ela diz?

“Ela está fazendo o cálculo do impacto financeiro, de se pagar 4 meses de seguro desemprego, mas não é bem assim. Muitos setores da economia não irão parar, muitos continuam trabalhando para oferecerem auxílio durante essa crise, como as áreas da saúde, o setor de vendas pela internet, já que muitas pessoas querem comprar sem se expor. Então não é toda a economia que ficará estagnada, mas o Governo precisa interceder por aqueles setores que não terão condição de manter suas atividades em pleno funcionamento”.

“Pagar o seguro desemprego dos setores inativos é impositivo, seja por demissão ou suspensão”.

“É muito melhor o Governo bancar as suspensões temporárias, para se preparar para a retomada econômica quando tudo isso acabar”.

Como fica a situação dos trabalhadores informais?

“O Governo criou um programa, vai pagar um voucher de R$ 200 reais por mês, durante 4 meses, para pessoas que não tem carteira assinada. Mas isso ainda precisa ser aprovado no Congresso. Foi anunciado, mas não está em atividade, estará em breve.”

“Esperamos que a suspensão dos contratos de trabalho seja aprovada, vindo no sentido de tranquilizar as famílias, reclusas em casa, mas sabendo que elas terão um meio de se sustentar, enquanto aguardam o fim da pandemia. É isso que eu defendo”, finalizou o deputado.

Ouça a entrevista completa na CBN Maringá.

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