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24 de abril de 2024

Rebelião deixa 52 mortos em presídio; 16 foram decapitados


Por Folhapress Publicado 29/07/2019 às 17h26 Atualizado 23/02/2023 às 16h28
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o menos 52 presos morreram -sendo 16 decapitados- na manhã desta segunda-feira (29) em uma unidade prisional de Altamira, no sudoeste do Pará.

Esta é a segunda maior rebelião com mortos do ano. Em maio, uma sequência de ataques nos presídios do Amazonas deixou ao menos 55 mortos.

Segundo a Susipe (Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará), órgão que administra o sistema prisional do estado, a rebelião foi registrada no Centro de Recuperação Regional de Altamira.

Segundo o governo do Pará, as mortes ocorreram durante brigas entre facções rivais que tentam controlar o presídio da cidade.

Durante a rebelião, dois agentes foram mantidos reféns, mas foram liberados no final desta manhã, após uma longa negociação mediada por policiais civis, miliares e promotores de Justiça.

De acordo com a Susipe, a confusão começou por volta das 7h, durante o café da manhã. Policiais fazem vistoria no presídio para recontar os presos e avaliar os danos na unidade.

No fim de maio, familiares de presos protestaram em frente à unidade com cartazes para pedir a transferência de integrantes de facções da unidade.

As celas são divididas entre custodiados sentenciados, provisórios e internos em situação de conflitos de convivência, diz a Susipe.

À época, a pasta negou as transferências e afirmou que estava “acompanhando em tempo real todo o movimento da massa carcerária”.

MASSACRE EM PRESÍDIOS

O caso de Altamira remete a 2017, quando uma sequência de ataques em unidades prisionais deixou 126 presos mortos no Amazonas, em Roraima e no Rio Grande do Norte.

No Ano Novo de 2017, Manaus protagonizou a morte de 59 detentos no Compaj -até então, o maior massacre de presos desde o Carandiru, em 1992.

Naquele mesmo ano, a crise prisional se estendeu para outros estados. Quatro dias depois da chacina nas unidades prisionais do Amazonas, 33 presos foram assassinados no maior presídio de Roraima, a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.

Também no início de 2017, um motim deixou pelo menos 26 mortos, decapitados ou carbonizados, na penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta, a maior do Rio Grande do Norte.

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