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19 de abril de 2024

Ação, riscos e paixão pela farda: a rotina dos PMs em Maringá


Por Nailena Faian Publicado 21/11/2019 às 18h22 Atualizado 25/02/2023 às 01h42
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A profissão de policial militar exige que a pessoa trabalhe em diversas condições e ambientes extremos. Muitas vezes são situações de perigo, que colocam a vida do próprio profissional e de outras pessoas em risco.

É preciso estar preparado e também gostar da profissão para encará-la diariamente. Ao GMC Online, soldados e um sargento do 4º Batalhão de Polícia Militar de Maringá relataram sobre a rotina e os perigos que já enfrentararam nos mais diversos cargos dentro da corporação. 

A maioria deles ingressou na carreira por paixão e admiração pela profissão ou por influência de pessoas próximas que atuavam na área. Confira os depoimentos.

– Soldado Daniel Fagan Cervantes

Há cinco anos na PM, o soldado Daniel Fagan, de 34 anos, já enfrentou diversas situações de perigo, como confronto armado, acompanhamento de veículo em fuga e entrar em meio a mata para procurar suspeitos. Apesar dos riscos, ele diz que foi a admiração pela profissão que o fez ingressar nela. O soldado já atuou na Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam), Choque, Rádio Patrulha Auto (RPA) e RP Motos. Para ele, o maior desafio é cumprir o trabalho sem se acidentar, estando sempre em alerta.

– Soldado Rozilda de Oliveira da Silva Sola

As mulheres também estão presente na Polícia Militar e amam a profissão. Prova disso é a soldado Rozilda de Oliveira da Silva Sola, de 41 anos. Ela atua há quatro anos na escolta de presos que vão para audiência de custódia e revela que já precisou entrar em luta corporal com um criminoso.

“Em um furto em andamento, o meliante partiu para cima da equipe, tentou sacar minha arma no coldre e tive que entrar em luta corporal em via pública. Mas no final conseguimos conter ele e deu tudo certo”, recorda.

A soldado se orgulha em dizer que seu papel é defender a sociedade com a sua própria vida, conforme jurou na formatura.

– Jeremias Dias Quaresma

Motivado pelo sonho de ser policial militar e de proporcionar uma vida melhor para a família, em 2008 Jeremias Dias Quaresma ingressou na profissão. Hoje, aos 37 anos, o soldado atua na Rotam, mas também já passou pela Rádio Patrulha.

Ele lembra que já vivenciou confrontos com criminosos, acompanhamentos táticos e operações. Ele revela que um fato que o deixa frustrado é quando há a prisão de um criminoso e no dia seguinte o infrator já está nas ruas.

– Vagner Pereira Fertonani

Buscando estabilidade financeira e um órgão de relevância na sociedade, Vagner Pereira Fertonani decidiu que iria ser policial militar. Ele também foi influenciado pelo pai e pelo tio que atuavam na corporação.

O soldado ingressou na PM em 1997 e hoje, aos 41 anos, atua no Pelotão de Rádio Patrulha, mas já desempenhou diversas outras funções operacionais, como no Serviço de Inteligência. O soldado também já atuou em uma equipe mista com a Polícia Civil, onde realizou a prisão de vários criminosos envolvidos em roubos, homicídios, tráfico de drogas e outros crimes.

“Um dos desafios é executar as ações corretamente, dentro da legalidade, onde a sociedade possa reconhecer nossos serviços, chegar bem em casa e ficar junto aos seus familiares que são o bem maior”, diz.

– Marcio Amélio Tomaz e Silva

Há 22 anos na Polícia Militar, o soldado Marcio Amélio Tomaz e Silva lembra de uma ocorrência que atendeu que marcou sua carreira. 

“Foi um acidente em que a vítima era uma mulher gestante e o autor estava embriagado. Ele veio correndo em minha direção gritando por socorro e a multidão estava atrás desferindo golpes nele. Intervi na situação, mas não queriam parar de agredir, tive que sacar a arma para manter a incoluminade física minha e do agredido. Foram momentos tensos de diálogo alterado. Graças a Deus, conseguimos conter a situação”, contou. 

Hoje, aos 46 anos, o soltado atua na Comunicação Social da PM e na Capelania. 

– Ivone Gomes de Lima

A soldado Ivone Gomes de Lima entrou na PM em 2006 e diz que o maior desafio da profissão é o risco constante da própria integridade física e da comunidade.

“Especialmente na minha área de atuação, é preciso se manter em constante equilíbrio emocional para lidar com atendimento de pessoas da mais alta tensão, em colapsos nervosos. Além de, na grande maioria das vezes, ter que lidar com as mazelas da sociedade que muitos preferem ignorar ou não tem o dever legal de lidar.”

Ela revela que já vivenciou ocorrências de explosão de caixa eletrônico, troca de tiro, rebelião, acompanhamento tático, entre outras situações.

– Giorgia Kesley Marques dos Santos

Em 2016, Giorgia Kesley Marques dos Santos entrou para a Polícia Militar com o desejo de ajudar as pessoas. Aos 27 anos, ela atua no ciclopatrulhamento e também já trabalhou na Rádio Patrulha.

Para ela, o maior desafio da profissão é superar o preconceito por ser uma jovem policial mulher.

“Superar o preconceito, machismo, estar preparada para qualquer situação, mostrar que mesmo sendo mulher sou capaz de cumprir qualquer missão”, diz. 

– Robson Antônio dos Anjos

O sonho de ser policial fez Robson Antônio dos Anjos encarar a profissão. Ele ingressou em 1995 e já passou pela Rádio Patrulha Auto (RPA), Agência Local de Inteligência (ALI) e está há oito anos no Pelotão Choque. 

O sargento conta que durante sua carreira se envolveu em cinco confrontos armados. Ele diz que o maior desafio é crescer profissionalmente na área, por isso vem buscando especializações.

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