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16 de abril de 2024

Águas-vivas deixam 31 mil banhistas feridos no litoral gaúcho


Por Folhapress Publicado 05/01/2019 às 11h56 Atualizado 19/02/2023 às 14h21
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Um boom de águas-vivas no litoral gaúcho já deixou pelo menos 31 mil banhistas feridos na atual temporada, segundo o Corpo de Bombeiros. Esse é o número de atendimentos feitos em postos salva-vidas no Rio Grande do Sul, nos últimos 20 dias.

“Foi um verão atípico até aqui”, disse à reportagem o tenente-coronel Jeferson Ecco, coordenador da Operação Verão no estado.

Só no feriado do dia 1º, foram 5.500 casos. O fenômeno também tem sido observado, em menor número, no litoral de Santa Catarina e do Paraná -onde foi registrada a presença de caravelas-portuguesas, um tipo de água-viva mais peçonhenta que a comum.

De cor arroxeada, a caravela-portuguesa tem uma espécie de “crista” bolhosa com ar. Por isso, é carregada pelo vento e pode ser vista na superfície do mar. Suas toxinas são mais potentes do que as da água-viva comum, e provocam dores, queimaduras de até terceiro grau e, em casos extremos, reações alérgicas.

Na costa catarinense, foram cerca de 22 mil casos de queimaduras por águas-vivas desde outubro. É um número semelhante ao da temporada anterior, mas abaixo do recorde de verões passados, de quase 85 mil feridos.

As caravelas, segundo o Corpo de Bombeiros, foram registradas apenas no litoral norte, em Itapoá (SC), mas em pequena quantidade. Já no Paraná, foram cerca de cem feridos até aqui -alta de 22% em relação ao ano passado.

Caravelas-portuguesas foram vistas em diversos pontos do litoral paranaense, com uma “incidência bastante grande”, de acordo com a tenente Ana Paula Zanlorenzzi. Mas não há casos de atendimentos com maior gravidade.
Segundo o oceanógrafo Frederico Brandini, professor da USP e conselheiro da Associação MarBrasil, o número acima do normal de águas-vivas se deve a um provável desequilíbrio ecológico, que é comum a outras partes do planeta e pode estar relacionado a atividades que reduzem predadores naturais, como a pesca.

Uma combinação de correntes marítimas, altas temperaturas e elevada população de banhistas também explica o alto índice de incidentes, segundo o tenente-coronel Ecco. Bandeiras lilás estão sendo usadas nos três estados para indicar a ocorrência de animais marinhos acima do normal em trechos de praia.

Em São Paulo, o número de ocorrências é bastante reduzido: foram 15 atendimentos no litoral desde dezembro.

Cuidados
O ferimento causado pela água-viva é semelhante a uma queimadura. Há cuidados específicos a serem seguidos, segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa). O primeiro é sair da água sem tentar tirar os tentáculos que podem estar na pele. Em seguida, lavar o local com água do mar, até que os tentáculos aderidos saiam.

Não use água doce, porque ela pode aumentar as descargas. Para prevenir novas contaminações, use ácido acético 5%, como vinagre, por 10 minutos, sobre o local. Jamais tente remover os tentáculos esfregando toalhas ou areia.
Caso ainda haja tentáculos no ferimento, remova usando luva e pinça e lavando com água do mar e ácido acético por 30 minutos. Em caso de dificuldade para respirar, outras reações na pele ou desorientação, procure um médico.

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