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25 de abril de 2024

Toque de recolher será retomado em Maringá, mas horário deve mudar


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 06/05/2020 às 12h48 Atualizado 23/02/2023 às 04h22
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O toque de recolher será retomado em Maringá, após o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) reformar a sentença que suspendia a medida. A decisão foi do desembargador Carlos Mansur Arida. No entanto, o horário do toque de recolher deve mudar.

Duas ações na Justiça tiveram o efeito de suspender a medida em Maringá. Um habeas corpus impetrado pelo vereador Jean Marques e uma ação popular proposta pelo escritório do advogado Bruno Gimenes.

Na semana passada, o TJ-PR derrubou a decisão em primeira instância que acolhia o pedido do vereador Jean Marques, atendendo um recurso da Prefeitura de Maringá. A decisão neste caso foi do desembargador Luis Mateus de Lima.

Mas a Prefeitura também havia recorrido na ação popular e perdido. O desembargador Carlos Mansur Arida, no dia 21 de abril, havia indeferido o recurso da prefeitura.

Com duas decisões distintas da mesa Corte, a prefeitura decidiu não retomar o toque de recolher e pediu uma posição do TJ.

Nessa terça-feira, 5, o desembargador Carlos Mansur Arida reformou a sentença e determinando a volta do toque de recolher em Maringá. Na sentença o desembargador diz que:

“considerando que a situação no Brasil vem se agravando sobremaneira – e aí sem sombra de dúvida estão incluídos os municípios, que não contam com toda a estrutura de saúde que as capitais possuem –, não parece razoável vincular a providência normativa empregada pelo embargante a parecer técnico da ANVISA ou de outro órgão sanitário, que demandaria dispêndio de tempo, recursos e força de trabalho, sendo que, na atual conjuntura, não parece haver espaço e conveniência para formalidades dessa espécie. É certo que é a emergência não espera.”

A prefeitura ainda não foi notificada da decisão. Mas o secretário de Segurança, Clodoaldo de Rossi, afirmou que nesta quarta-feira, 6, haverá uma reunião para decidir a retomada do toque de recolher.

Como neste meio tempo foram editados decretos que alteram o horário de funcionamento de atividades econômicas, o horário de vigência do toque de recolher deve sofrer alteração.

Os autores da ação popular publicaram uma nota em que manifestam estranheza em relação à decisão do TJ.

A nota diz que “o julgador acolheu os embargos de declaração opostos pela Prefeitura sem sequer intimar os impetrantes para que contra-argumentassem o recurso. De qualquer forma, considera-se educativa toda a discussão colocada pela ação popular, que permitiu aos maringaenses refletir sobre atos extremados do Poder Público ao invés de simplesmente obedecê-los sem maiores questionamentos”.

O TJ informou que não comenta decisões.

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