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19 de abril de 2024

Sessões são suspensas para poupar vereadores que fazem parte de grupo


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 02/04/2020 às 13h26 Atualizado 23/02/2023 às 13h54
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Esta quinta-feira, 2, seria dia de sessão na Câmara Municipal de Maringá. Mas as sessões foram suspensas até dia 17.

A medida foi tomada em consenso como prevenção ao coronavírus e para poupar os vereadores que fazem parte de grupos de risco. Nas últimas sessões o quórum já estava pequeno, com apenas dez vereadores.

O vereador Dr Jamal, que é médico, está doente, com gripe forte. O próprio presidente Mário Hossokawa é de grupo de risco.

“Agora que a coisa parece que se agravou mais, os vereadores estão com medo de aparecer, apesar de nós estarmos trabalhando com o número mínimo de servidores da Câmara, apenas o necessário”, explicou Hossokawa.

Legislativos de todo o país estão se adequando ao trabalho em casa. As votações no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa do Paraná estão sendo realizadas pela internet.

Mas esta alternativa não será adotada em Maringá. Por questões técnicas, diz Hossokawa:

“Lá em Floriano, por exemplo, não pega internet. Outros vereadores também nunca mexeram com esse tipo de equipamento, são os da assessoria que mexem, fica difícil fazer as sessões pela internet”.

A saída, se até dia 17 surgir uma pauta urgente, será convocar às pressas uma sessão extraordinária.

Nos bastidores, a suspensão das sessões traz certo alívio aos vereadores que estavam sendo bombardeados por críticas por causa do reajuste de 4,3% nos subsídios.

Hossokawa diz que este assunto está superado e não pesou na decisão de suspender as sessões.

“Nós somos obrigados a dar a reposição anual. Então justamente caiu agora no mês de março. Até os vereadores pensarem, após a reação popular, revogar a lei. Mas se revogar a lei, o presidente da Câmara pode ser enquadrado em lei através do Tribunal de Conta por improbidade administrativa, posso ter minhas contas rejeitadas, posso me tornar inelegível”, afirmou Hossokawa.

Sobre a cobrança da sociedade para que o Poder Público dê sua cota de sacrifício neste período, o presidente disse que os vereadores e a população em geral podem doar recursos para o combate ao coronavírus por meio do Fundo de Enfrentamento ao Covid-19, aprovado na Câmara.

Em relação aos dias parados, durante o período de suspensão das sessões, não haverá desconto nos subsídios por se tratar de uma questão de saúde pública.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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