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18 de abril de 2024

Saiba como seria se Maringá tivesse praia


Por Redação GMC Publicado 14/09/2019 às 13h15 Atualizado 24/02/2023 às 05h45
 Tempo de leitura estimado: 00:00

O calor fora de hora, em pleno inverno, levou uma maringaense a “desabafar” no Twitter, nesta quinta-feira (12). “Urge a necessidade de instalarem uma praia em Maringá”, publicou Mariana, na rede social. O prefeito Ulisses Maia entrou na brincadeira e respondeu sobre o assunto. “Solicitação registrada. Vamos atender. O que acham?”, escreveu ele.

Foi o suficiente para que vários participantes do Twitter começassem a dar opiniões sobre o tema. “Kkkkk. Minha esposa disse isso ontem pra mim. Só acho que desbancariamos o RJ. Não se pode ter tudo na vida!”, postou um internauta. “adoreiiiiii”, comentou outra pessoa.

Maringá está a centenas de quilômetros do mar. Mas, isso não nos impede de imaginar como seria se a cidade que conhecemos hoje fizesse parte do litoral. Por isso, o Portal GMC Online resgatou uma reportagem publicada no início do ano, justamente para tentar responder essa pergunta:

“E se… Maringá tive praia?”. Especialistas explicam:

Uma mudança significativa, é claro, está no clima. O técnico em Meteorologia, Acácio Cordioli, destaca que o mar influencia diretamente no clima de sua região.

“Em Maringá, com a presença do mar, teríamos dias mais chuvosos por conta da brisa marítima, dias mais nebulosos, e menos dias com essa sequência de tempo firme e quente, enfim, seria totalmente diferente. Mas, já que é uma suposição, se unirmos o mar com o clima de Maringá, com certeza teríamos um ambiente perfeito, com dias quentes e muito sol”, comenta.

Para Cordioli, o calor seria sentido na pele (literalmente) pelo maringaense. “Sofreríamos com a sensação térmica, pois a presença do mar aumenta a umidade relativa do ar e consequentemente a sensação térmica ficaria bem mais alta”.

Hipoteticamente, ele sugere que Maringá apresentaria um ambiente semelhante ao do Rio de Janeiro, onde a sensação térmica chega à casa dos 50°C.

Novo perfil socioeconômico

Sobre a “Maringá praiana”  o economista João Ricardo Tonin projeta um perfil socioeconômico bem diferente. “A economia seria mais voltada para o turismo e serviços, uma mescla entre Florianópolis e Foz do Iguaçu, ou seja, um município turístico, mas com grande volume de negócios”.

Segundo Tonin, o setor industrial é o que mais perderia espaço na cidade.

“Isso se deve às restrições com relação às indústrias devido à proximidade com mar. Outra questão é a logística. Maringá tem um hub logístico forte devido ao seu posicionamento. Com a praia, penso que ele seria deslocado para algumas cidades vizinhas.

Um mar de gente

Maringá chegou a 2019 com uma população de 423.666 habitantes, conforme estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, na análise de Tonin, esse número, considerando os atrativos que Maringá já tem somados à praia, poderia até triplicar.

“Com aumento da população, verificaríamos a redução da segurança. A cidade seria mais violenta, como é visto em cidades de porte maior e perto do mar. Na alta temporada, a mobilidade seria outra afetada, graças ao crescimento populacional. Trafegar em Maringá seria como trafegar em Balneário Camboriú nesta época do ano”, analisa.

Outra coisa é certa, na projeção de Tonin: a cidade seria muito mais vertical, com prédios para todos os lados. “Se você fizesse questão de morar em uma casa, provavelmente teria que escolher uma cidade vizinha”, avisa.

E aí? Você aprovaria esse “Balneário Maringá?”

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