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25 de abril de 2024

Relembre: irmãos gêmeos recebem rins de irmãs gêmeas mais velhas


Por Nailena Faian Publicado 27/09/2018 às 17h30 Atualizado 18/02/2023 às 10h37
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No Dia Nacional da Doação de Órgãos, nesta quinta-feira (27), o Portal GMC Online relembra uma história emocionante e inusitada sobre o assunto.

Aos 35 anos, o maringaense Fábio Gomes da Silva descobriu que 85% dos rins dele estavam comprometidos. Diante do diagnóstico, em 2010, o irmão gêmeo, Fabiano Gomes da Silva, fez exames para ver se podia ser o doador, mas descobriu que estava com o mesmo problema.

O destino dos dois era a fila de transplante de órgãos. No entanto, o caso inusitado na família possibilitou que o processo ocorresse mais rápido. As irmãs, que também são gêmeas idênticas, se disponibilizaram a fazer a doação e, conforme os exames, elas eram compatíveis.

“Na época eu e minha esposa ficamos muito angustiados e preocupados porque os quatro filhos iriam para a sala de cirurgia”, lembra o pai Lázaro Gomes da Silva.

Depois do diagnóstico, demorou mais de dois anos para a realização do transplante, pois foram necessários vários exames e procedimentos. O primeiro a fazer a cirurgia foi Fábio, em outubro de 2012, recebendo o rim da irmã Silvana, na época com 42 anos. Em agosto de 2013 foi a vez de Fabiano, por meio da doação da irmã Luciana.

“Graças a Deus deu tudo certo, os quatro vivem bem ultimamente, trabalham, são casados e têm filhos. De três em três meses fazemos exames para ver se está tudo bem. Fiz recentemente e estava tudo certo”, afirma, feliz, Fabiano.

Sobre serem casais de gêmeos idênticos, Fabiano contou que desde pequeno se divertem com isso, já que até hoje ainda tem parente que não sabe quem é quem.

Doações que salvam vidas

Nas estatísticas da Secretaria Estadual de Saúde, os dados são divididos por Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO). No Paraná, são 4 OPOs, uma delas é a de Maringá, que compreende também os municípios de Umuarama, Cianorte, Campo Mourão e Paranavaí.

De janeiro a agosto deste ano, ocorreram 88 doações na OPO de Maringá. Transplantes foram 101, todos realizados em Maringá.

São 30 pessoas que receberam rins de doadores falecidos e duas pessoas que receberam de doadores em vida. Também houve o transplante de 69 córneas.

No Paraná, foram 382 doações de órgãos e 1.272 transplantes, a maioria de córnea (568), em seguida de rim (467), fígado (213), coração (13) e o transplante combinado de pâncreas rim (11).

Segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Paraná alcançou o primeiro lugar de transplantes de órgãos no Brasil. O índice de doações ficou em 44,2 por milhão de população, entre janeiro e março de 2018.

No Paraná, atualmente mais 2 mil pessoas aguardam por transplantes.

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