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26 de abril de 2024

Quem são as vítimas da Covid-19 em Maringá?


Por Fábio Guillen Publicado 04/06/2020 às 11h30 Atualizado 24/02/2023 às 04h01
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O novo coronavírus fez até o momento nove vítimas em Maringá. São nove famílias da cidade que estão sofrendo e tentando seguir a vida após uma ruptura tão repentina e trágica.

Segundo informações da Secretaria de Saúde de Maringá, a maioria das vítimas é do sexo masculino e boa parte delas tinha algum tipo de comorbidade como doenças cardiovasculares e metabólicas.

Uma informação que chama a atenção é que nem todos viajaram. De acordo com o 9º boletim epidemiológico de Maringá, quando eram 6 mortes registradas na cidade, 83% das vítimas contraíram a doença dentro do Município e apenas 17% se deslocaram para outras regiões.

O novo coronavírus já está presente em todas as regiões de Maringá e, segundo a Secretaria de Saúde, em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) já existem casos registrados.

Confira nome, idade e detalhes sobre as pessoas de Maringá que morreram por complicações da Covid-19.

1ª vítimaRosângela Antunes Machado, 54 anos, era cuidadora de idosos e foi a primeira vítima da Covid-19 em Maringá. Rosângela faleceu no dia 25 de março e, segundo a Secretaria de Saúde, era diabética e hipertensa.
“A angústia é muito grande. Não quero que ninguém sofra o que estou sofrendo. Enquanto não acontece com a gente a gente pensa que está distante, né? Muitas pessoas não estão acreditando que ele [coronavírus] é verdadeiro”, disse José Francisco de Oliveira, marido da vítima.

2ª vítimaBelchior Martins, 84 anos, era carpinteiro aposentado e faleceu no dia 27 de março. Era hipertenso, segundo a Secretaria de Saúde.

“Muito difícil, a ficha ainda não caiu, foi tudo muito rápido”, disse Almiro Martins, filho da vítima.

3ª vítimaPedro Dias Velásquez, 88 anos, era comerciante e faleceu no dia 8 de abril. Era diabético, hipertenso e tinha doença cardiovascular.

Na foto, com sua parceira Amora, uma pastora alemã que sempre lhe fazia companhia. Segundo os familiares, Amora, amigos e toda a família estão sentindo muita falta de Pedro.
“Ele gostava muito de viver em Maringá, apreciava a liberdade e segurança que tinha aqui, fazia suas caminhadas e ia ao supermercado sem precisar de acompanhamento. Em minha última ida ao mercado fui atendido pela mesma pessoa que costumava atendê-lo. Ela me perguntou como ele estava, e a informei do falecimento, ela começou a chorar. O mesmo ocorreu com os vizinhos. Todos sentimos a falta dele”, disse Raphael Diaz Martinez Rocha, neto da vítima.

4ª vítima – A quarta vítima é um homem, de 55 anos. Ele morava em Maringá, mas morreu em Curitiba. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) não repassou informações sobre a vítima.

5ª vítimaJoão Ramos Pires, 52 anos, comerciante e faleceu no dia 12 de abril. Não tinha nenhuma comorbidade.

“Difícil, viu. Eu que levei ele para o hospital. Ele entrou andando e falando e só saiu morto de lá. E foi daquele jeito o enterro, né? Só vimos o caixão. É muito triste”, disse Ivone Pires, esposa da vítima.

6ª vítimaVlademir Ferrari, 49 anos, faleceu no dia 6 de maio. Era caminhoneiro e apaixonado pela estrada. Não tinha nenhuma comorbidade. A família ainda está muito abalada com a perda e não teve condições de passar mais informações.

7ª vítimaRosa Maria de Jesus Silva, 73 anos, faleceu no dia 30 de maio. Era dona de casa, muito religiosa e apaixonada pela família. Não tinha nenhuma outra doença.

“Foram 54 anos de casamento. Ela era uma mulher incrível. A gente nunca imaginava que esse coronavírus ia devastar assim nossa família. É difícil acreditar. Estamos sofrendo demais”, disse o marido da vítima, Elenoil Gomes.

8ª vítimaPaulo Sérgio Munhoz, 48 anos, comerciante e muito conhecido em Maringá. Faleceu no dia 30 de maio. Segundo a Prefeitura de Maringá, ele era hipertenso, relatou os primeiros sintomas no dia 17 de maio. O histórico de viagem aponta deslocamento para Nova Londrina (PR) entre os dias 13 e 15 de maio.

9ª vítimaSebastião José Dias, de 76 anos, aposentado. Faleceu no dia 3 de junho. Era hipertenso, segundo a família.

“A gente não sabe como ele pegou o coronavírus. É um mistério porque ele só ficava em casa. A gente buscava as coisas no mercado pra ele. É uma dor muito grande. É destrutiva. Saber que uma pessoa tão maravilhosa, um homem exemplar, trabalhador morreu com coronavírus”, disse Solange Dias, filha da vítima.

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