Quatro ‘ondas’ de pacientes vão impactar a saúde nos próximos meses
Depois de 50 dias internado na UTI, um dos primeiros pacientes do Hospital Municipal de Maringá com Covid-19 voltou para casa esta semana.
Mas a doença castigou tanto o economista Eudes Januário, ex-secretário municipal, que ele ainda não consegue andar.
O secretário de Saúde Jair Biatto, que é médico intensivista, acompanhou o paciente de perto.
“É um dos primeiros casos, que recebeu alta do Hospital Municipal, tratado com os cuidados de UTI e agora se recupera de uma doença que debilita muito o paciente”, declarou.
O caso de Eudes é emblemático. Ele representa um grupo de pacientes que vão impactar indiretamente o serviço de saúde. Quatro ondas de pacientes estão impactando ou vão impactar o serviço público e privado.
São pessoas que vão precisar de atendimento médico em consequência indireta da Covid-19.
“São quatro ondas que envolvem a saúde. A primeira, (das pessoas) que possuem doenças crônicas e tiveram medo de procurar o sistema de saúde anteriormente, mas vão procurar agora. Isso não ocorre só em Maringá, mas no mundo todo. A segunda, de pacientes com doenças agudas, como infarto, AVC, que continuam existindo mas que, por medo, não procuram o hospital durante a pandemia, mas uma hora irão precisar. A outra é do próprio paciente com Covid, como o Eudes, que ficou mais de 50 dias na UTI. Ele vai precisar de apoio, recuperação, fisioterapia, uma recuperação que demora de 6 meses a 1 ano. A quarta onde é a da doença mental, onde as pessoas estão mais doentes, depressivas e vão precisar procurar um hospital”, afirmou.
A orientação é que as pessoas se cuidem e procurem ajuda especializada sempre que precisar.
Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.
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