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19 de abril de 2024

Maringaenses ficam presos no Equador após governo fechar fronteiras


Por Fábio Guillen, com informações de Monique Manganaro Publicado 17/03/2020 às 17h20 Atualizado 23/02/2023 às 17h53
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Dois irmãos de Maringá estão “presos” em Quito, no Equador, por conta de uma medida tomada pelo governo para evitar a entrada e saída de pessoas no País.

Mateus Castilho de Araújo, 23 anos, e Lucas Castilho de Araújo, 29 anos, foram pegos de surpresa com as medidas de urgência do Equador para combater a pandemia de coronavírus. Os irmãos chegaram no dia 8 deste mês na capital do Equador.

“Agora, nós estamos presos dentro do hotel, sem poder ir para a rua, sem poder visitar nada. Está tudo fechado. A partir de hoje, bares, restaurantes e comércios [estarão] todos fechados. Restaurantes só funcionam entregando comida. A gente tá preocupado com a questão de como comer, como ficar aqui”, afirma Lucas Araújo.

Diante do caos de chegar ao Equador e se deparar com todos os pontos turísticos fechando aos poucos os irmãos decidiram antecipar a volta para o Brasil, que estava marcada para o dia 30 deste mês, mas ao chegar no aeroporto de Quito na segunda-feira, 16, descobriram que as companhias aéreas tinham suspendido todos os voos no domingo, 15. Por isso, não conseguiram voltar.

A polícia, segundo os irmãos, está no aeroporto e só entra quem tem o voo pronto para sair. O problema é que não tem nenhuma companhia do Brasil indo para o Equador por conta da situação de cancelamento de voos.

“Se o avião estiver no solo e você estiver com o cartão de embarque e o passaporte, você entra. Do contrário, não. Você não pode nem falar com a companhia aérea”, diz Lucas.

Outros brasileiros estão com o mesmo problema

No hostel em que os maringaenses estão existem outros dois brasileiros passando pela mesma dificuldade de voltar para casa. No Equador, são pelo menos 20 brasileiros que estão “presos” e de mãos atadas.

O governo do Equador determinou toque de recolher à população e restringiu a mobilidade apenas àqueles que precisam ir a mercados, farmácias ou hospitais.

O que diz a embaixada

A embaixada brasileira no Equador orientou os irmãos a manter a reserva no hotel para que não haja surpresas com reajustes abusivos de preço, a exemplo do que está ocorrendo no Peru.

Outra orientação dada pela embaixada à eles foi para que não andem sozinhos nas ruas, principalmente as mulheres. Os jovens disseram ao GMC Online que existe uma brasileira na embaixada tentando ajudá-los a encontrar uma forma de deixar o Equador, mesmo que seja por terra.

A preocupação deles é com o prolongamento das medidas sanitárias do Equador, que devem durar 60 dias. Eles não têm dinheiro para se manter tanto tempo assim por lá.

Solução

O GMC Online entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores, também conhecido como Itamaraty, por telefone nesta terça-feira, 17. A assessoria de imprensa enviou uma nota por volta das 16h desta terça. Veja a nota na íntegra abaixo: 

Informamos que os Consulados e Embaixadas do Brasil – entre os quais a Embaixada em Quito – acompanham de perto a situação gerada por eventuais fechamentos de fronteiras por conta da pandemia de coronavírus, com especial atenção à situação dos turistas brasileiros.

Consulados e Embaixadas do Brasil permanecem à disposição para receber demandas dos brasileiros geradas por essa situação, sempre buscando prestar toda a assistência consular possível em cada caso concreto.

Recomenda-se a todos os cidadãos brasileiros no exterior que mantenham a serenidade e observem estritamente as medidas determinadas pelas autoridades locais, e que, se necessário, busquem contato direto com o Consulado ou Embaixada do Brasil responsável pela região onde se encontram.

Ressalta-se que nenhuma Embaixada ou Consulado brasileiros encontra-se fechado. No entanto, por conta das restrições impostas pelas autoridades locais, muitas vezes foi necessário adaptar o regime de trabalho, com horários especiais de atendimento ou teletrabalho.

Recomenda-se aos cidadãos brasileiros checar qual o regime de trabalho de cada repartição por meio da página de Embaixadas e Consulados na internet.

 

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