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26 de abril de 2024

Justiça condena mulher por racismo em Maringá


Por Victor Simião/CBN Maringá Publicado 28/04/2020 às 19h10 Atualizado 23/02/2023 às 06h27
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Uma mulher foi condenada por injúria discriminatória e racismo em Maringá. A decisão é do juiz Devanir Manchini, da 2ª Vara Criminal, e foi proferida em março deste ano. A sentença veio após quase dois anos, quando a mulher chamou dois jovens negros de “preto”, “macaco” e outros termos.

O caso começou por conta de um problema envolvendo vagas em garagens em um prédio, no residencial Cidade Nova, em julho de 2018. Nilson Lucas Gabriel e a irmã dele deixaram as bicicletas em uma das vagas de estacionamento. Em algumas ocasiões, as bicicletas entraram na vaga da vizinha, que não gostou porque a situação aconteceu mais de uma vez. E aí ela ofendeu os jovens com palavras racistas. Um áudio gravou a fala da mulher.

Na decisão, o juiz aceitou um áudio que foi apresentado pela acusação. Além disso, declarou que as três testemunhas confirmaram os fatos.

A acusada não tem passagens pela polícia, e a pena dela foi convertida em trabalho voluntário, além de multa – que ainda não foram estipulados.

A advogada Ana Caroline Salvalajo Dechiche, que representa os jovens, disse ter se sentido satisfeita com a pena. O motivo: a Justiça entendeu que houve racismo.

A CBN Maringá entrou em contato com o advogado Renato Kumano, que defende a acusada. Ele disse que iria falar com a cliente e poderia atender a reportagem na tarde de quarta-feira, 29.

A condenação é em primeira instância, e a defesa já protocolou recurso. A acusada mudou de cidade.

“Cansa ter de provar que sempre falamos a verdade”, diz vítima

O psicólogo Nilson Lucas Gabriel e a irmã dele, jovens negros moradores de Maringá, foram xingados por uma mulher em julho de 2018. O processo durou quase dois anos em primeira instância. A mulher foi considerada culpada pela Justiça pelos crimes de injúria discriminatória e racismo, mas já recorreu. Lucas Gabriel conversou com a CBN Maringá. Ele disse que a sentença não traz alívio, e que o processo foi muito cansativo.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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