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23 de abril de 2024

Família desabrigada em Maringá recusou ajuda da prefeitura em 2017


Por Carina Bernardino/CBN Maringá Publicado 25/03/2019 às 19h01 Atualizado 20/02/2023 às 18h39
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Um casal e quatro filhos que moravam em um imóvel de forma irregular foram desabrigados na tarde de sábado (23) em Maringá. A família estava há quase quatros anos na moradia improvisada localizada no final da Avenida Kakogawa.

O terreno é da Associação Projeto Reviver, que conseguiu a reintegração de posse cumprida no fim de semana. O oficial de Justiça chegou na casa às 10h da manhã e o barraco foi demolido por das 15h. A família retirou o que pôde. No período, fotos do despejo viralizaram nas redes sociais e houve críticas ao poder público.

Por causa disto, na tarde desta segunda-feira (25), a Prefeitura de Maringá se pronunciou sobre o assunto. A secretária de Assistência Social e Cidadania (Sasc), Marta Kayser, disse que o Município não sabia da reintegração de posse.

“Foi uma ação particular. A partir do momento que a prefeitura tomou conhecimento que este fato tinha ocorrido, que a família havia ficado ao relento porque a casa foi destruída, a Sasc foi em busca dessa família, se inteirou dessa situação e descobriu que essa família havia sido abrigada por um comerciante que cedeu uma casa para essa família por um período de 3 semanas, 30 dias. E hoje pela manhã fizemos uma reunião com essas pessoas, para se inteirar dessa situação e verificar o que era possível a prefeitura oferecer em busca de uma solução para o caso”, explicou Marta.

Segundo ela, a família é atendida pela Sasc desde 2010. “Em 2017, em função da precária condição da moradia, foi cogitada a possibilidade de se ofertar o aluguel social por um determinado período até que a família conseguisse se reorganizar e alugar um imóvel. Foi feita essa oferta e a família recusou. Ela optou por continuar nesse local irregular onde estava”, completou.

A família desabrigada no fim de semana recebe cartão alimentação mensal da Sasc, de R$ 90. Eles também tinham o Bolsa Família, mas o benefício foi suspenso em dezembro do ano passado por causa de inconsistência dos dados apresentados ao Governo Federal.

O Conselho Tutelar também acompanha o caso do despejo por causa dos quatro filhos do casal. O conselheiro Carlos Bonfim diz que o oficial de Justiça também não comunicou o órgão sobre a reintegração de posse. Para o Conselho, a medida foi arbitrária.

Bonfim ainda condenou a divulgação das imagens do despejo nas redes sociais feita por um vereador.

Hoje, em Maringá, 33 famílias são atendidas pelo Aluguel Social. Por nota, a Associação Projeto Reviver, dona do terreno desocupado, informou que tentou uma desocupação amigável do imóvel em 2018 e não conseguiu, por isto entrou na Justiça.

Ainda de acordo com a nota, a ordem judicial foi entregue à família em 16 de fevereiro deste ano e o prazo era de 30 dias. Ou seja, a desocupação foi comunicada e eles tinham ciência de que a reintegração de posse poderia ocorrer a qualquer momento.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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