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20 de abril de 2024

Sepultadoras, Marcia e Sueli querem ‘enterrar’ o preconceito


Por Luiz Santos Publicado 20/08/2018 às 16h00 Atualizado 17/02/2023 às 23h49
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Lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive pegando no pesado como sepultadora, com marreta na mão, abrindo e fechando túmulos. É o que garantem Marcia Maria de Souza, 45 anos, e Sueli de Assis Almeida, 36, as duas primeiras (e únicas até agora) a exercerem a função no Cemitério Municipal de Maringá.

As duas integram uma equipe de sepultadores ao lado de outros dez profissionais, todos homens. Elas explicam que o ofício tem lá os seus desafios, mas, afirmam que o preconceito é a maior barreira que precisam superar dia após dia.

“Nós fazemos massa, pegamos na picareta, pá, enxada, carregamos a carriola… tudo normal. Tem gente que acha que a gente não tem sentimento. Nós continuamos sendo mulheres, guerreiras, mães e temos sentimentos”, diz Marcia, sepultadora desde 2012 no Cemitério Municipal.

“É óbvio que a força física de um homem a gente nunca vai ter, mas o psicológico da mulher é muito mais forte”, completa ela, que antes de ocupar o cargo de sepultadora foi zeladora e empregada doméstica.

Sueli já trabalha para a Prefeitura de Maringá há nove anos. No entanto, está a menos tempo exercendo a profissão de sepultadora: três anos. “Trabalhar duas mulheres no meio de dez homens não é fácil. Mas provamos que mulher também consegue pegar em uma marreta”, destaca Sueli.

“Pra acabar com o preconceito, o homem tem quem pensar um pouquinho assim: para chegar ao mundo ele precisou de uma mulher. A gente só é diferente no sexo. Como pessoa, somos iguais”.

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