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18 de abril de 2024

E se… Maringá tivesse praia? Especialistas dizem como seria


Por Fábio Castaldelli Publicado 11/01/2019 às 13h02 Atualizado 19/02/2023 às 15h23
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Um mergulho no mar depois de correr em volta do Parque do Ingá, ou mesmo um passeio pela praia após abocanhar um pastel de feira no sábado de manhã, no estacionamento do Estádio Willie Davids. Para muita gente, Maringá só não é perfeita porque não possibilita programas como este, afinal a cidade está a centenas de quilômetros da praia mais próxima.

No entanto, já imaginou se Maringá fizesse parte dos mais de 7,4 mil quilômetros que compõem o litoral brasileiro? O Portal GMC Online já. E por isso consultou especialistas para que eles também colocassem a imaginação para funcionar e analisassem como seria essa Maringá à beira-mar.

Maringá 50°C

Uma mudança significativa, é claro, está no clima. O técnico em Meteorologia, Acácio Cordioli, explica que o mar influencia diretamente no clima de sua região.

“Em Maringá, com a presença do mar, teríamos dias mais chuvosos por conta da brisa marítima, dias mais nebulosos, e menos dias com essa sequência de tempo firme e quente, enfim, seria totalmente diferente. Mas, já que é uma suposição, se unirmos o mar com o clima de Maringá, com certeza teríamos um ambiente perfeito, com dias quentes e muito sol”, comenta.

Para Cordioli, o calor seria sentido na pele (literalmente) pelo maringaense. “Sofreríamos com a sensação térmica, pois a presença do mar aumenta a umidade relativa do ar e consequentemente a sensação térmica ficaria bem mais alta”.

Hipoteticamente, ele sugere que Maringá apresentaria um ambiente semelhante ao do Rio de Janeiro, onde a sensação térmica chega à casa dos 50°C.

Mais que clima

A “Maringá praiana” também seria muito diferente em terra firme. O economista João Ricardo Tonin projeta um perfil socioeconômico bem diferente. “A economia seria mais voltada para o turismo e serviços, uma mescla entre Florianópolis e Foz do Iguaçu, ou seja, um município turístico, mas com grande volume de negócios”.

Um estudo divulgado pelo IPC Maps, mostra que Maringá tinha, em 2018, mais de 12.500 empresas do ramo industrial. Segundo Tonin, esse setor é o que mais perderia espaço na cidade.

“Isso se deve às restrições com relação às indústrias devido à proximidade com mar. Outra questão é a logística. Maringá tem um hub logístico forte devido ao seu posicionamento. Com a praia, penso que ele seria deslocado para algumas cidades vizinhas.

Muita gente

Maringá chegou a 2018 com uma população de 417.010 habitantes, conforme estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, na análise de Tonin, esse número, considerando os atrativos que Maringá já tem somados à praia, poderia até triplicar.

“Com aumento da população, verificaríamos a redução da segurança. A cidade seria mais violenta, como é visto em cidades de porte maior e perto do mar. Na alta temporada, a mobilidade seria outra afetada, graças ao crescimento populacional. Trafegar em Maringá seria como trafegar em Balneário Camboriú nesta época do ano”, analisa.

Pela posição geográfica de Maringá, bairros como o Conjunto Requião e Jardim Bertioga ficariam à beira do mar e, por isso, seriam abrigados pela elite. Mas, independentemente do bairro, uma coisa é certa, na projeção de Tonin: a cidade seria muito mais vertical, com prédios para todos os lados.

“Se você fizesse questão de morar em uma casa, provavelmente teria que escolher uma cidade vizinha”, avisa.

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