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20 de abril de 2024

Bombeiros de Maringá retornam após combate a incêndios no sul do Pará


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 23/09/2019 às 14h36 Atualizado 24/02/2023 às 08h21
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Quatro bombeiros de Maringá embarcaram no dia 4 deste mês, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), do Rio de Janeiro para a Serra do Cachimbo, no sul do Pará. Eles engrossaram o batalhão de bombeiros de várias partes do país convocado para reforçar as equipes de combate ao focos de incêndio na floresta Amazônica. Depois de quinze dias, os bombeiros de Maringá estão de volta, e com uma experiência marcante na bagagem.

A reportagem conversou com um dos bombeiros que estiveram lá, o tenente Rodrigo Manoel dos Santos. Ele conta foi a atuação na selva.

“Primeiro a gente teve um trabalho de reconhecimento da área do local. Era um local que a gente não está acostumado, que totalmente diferente. Um local com condições críticas na questão do calor. Demorou para chover e quando chovia eram pancadas leves e localizadas, não molhava toda a área e isso dificultava ainda mais os trabalhos, porque o fogo encontrava uma condição quie facilitava a sua propagação, que é a baixa umidade relativa do ar, o calor, a secura por falta de chuva e, evidentemente a vegetação, bem seca”, disse ele, destacando que o fogo em área de turfa também foi um grande obstáculo.

“Nós encontramos uma característica diferente da que a gente encontra aqui no Paraná e que a gente chama de fogo de turfa, que ele vai passando subterrâneo. Você quase não vê o fogo. Ele propaga superficialmente e de forma subterrânea, passando pelas raízes das árvores. Nosso trabalho foi de se infiltrar na floresta, fazer o reconhecimento das frentes de fogo e fazer um trabalho de contenção dessas chamas, mas não um trabalho direto, mas sim indireto. A gente cortava a continuidade da vegação, raspava as folhas secas e um pouco das raízes. Assim, o fogo chegava nesse ponto e não progredia mais”, explica Santos.

A experiência foi marcante não apenas por se tratar da maior floresta tropical do planeta, mas pela oportunidade de integração, inclusive com povos indígenas.

“Para nós como humanitários e bombeiros foi uma experiência marcante, primeiro pelo objetivo da atividade, que era trabalhar em uma região que para todo brasileiro tem uma importância muito grande, que é a selva amazônica. E também pela integração com outros corpos de bombeiros, outras instituições e povos indígemas, que também trabalharam e ajudaram a gente nas missões. Foi uma experiencia marcante na vida de cada militar”, completou ele, destacando que o incêndio na Serra do Cachimbo, onde eles estavam, foi controlado.

Além de Santos, os outros três bombeiros de Maringá presentes na Amazônia foram o subtente Trindade e os soldados Dorival e Lisboa.

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