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23 de abril de 2024

Ato que pediu fim do feminicídio reúne centenas de pessoas em Maringá


Por Victor Simião/CBN Maringá Publicado 01/02/2020 às 23h00 Atualizado 24/02/2023 às 03h34
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Maria Glória Poltronieri Borges, Jaciara Kogler, Tetê: esses e outros nomes, de mulheres vítimas de feminicídio no norte do Paraná, foram lembrados durante uma passeata na tarde deste sábado, 1°, em Maringá. A data da morte não importava: semanada passada, anos atrás. O grito era um só: parem de matar as mulheres.

Milhares de pessoas participaram do ato pedindo o fim do feminicídio. A concentração foi na região central da cidade: e faltou espaço. Homens, mulheres: famílias inteiras. Em faixas e cartazes, dizeres como “respeitem as minas”, “nós por nós” e “o machismo mata”.

A ação foi motivada pelo assassinato de Mário Glória Poltronieri Borges, de 25 anos, no fim de semana passado. Ela, que era bailarina, foi encontrada morta em uma cachoeira da região, com sinais de estrangulamento. A Polícia Civil segue investigando o caso.

O pai dela, Maurício Borges, participou do ato. Muito emocionado, disse ter sentido o quão querida era a filha. Se ela estivesse aqui, estaria dançando, falou.

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A organização foi feita por mulheres, e o ato contou com intervenções culturais feitas por elas como declamação de poemas, maracatu. Uma das porta-vozes da manifestação, Rachel Coelho disse que havia o foco em Magó, como Maria Glória era conhecida, porque ela amiga de muita gente. Mas lembrou que era um ato para todas as vítimas do machismo.

Em 2019, a Polícia Civil registrou sete feminicídios em Maringá e região: 75% a mais que em 2018. Esse tipo de crime tem razão o fato de a vítima ser mulher.

Somente quem é mulher sabe o que estar andando sozinha à noite e saber o alívio que é olhar para trás e ver outra mulher, exemplificou a advogada Naila Bolnolga.

O machismo não termina apenas pela luta das mulheres. Os homens devem se engajar também. Esse motivo levou o professor Fábio Fernandes à manifestação.

Durante a maior parte do trajeto do ato, não choveu. Quando a instabilidade começou, poucas pessoas saíram do percurso previsto. A estudante Jéssica Franco foi uma delas, e lembrou: não se pode comparar feminicídio a outros tipos de assassinados.

Atos semelhantes foram realizados em outras cidades como Curitiba e São Paulo, motivados, principalmente, pelo assassinato da bailarina Maria Glória Poltronieri.

Até o fechamento da reportagem, nem a organização do ato e nem a Polícia Militar havia divulgado estimativa do número de participantes.

https://www.facebook.com/radiocbnmaringa/videos/490680094975968/UzpfSTUyNDg0NDAyMTI0NDIyNjo5NDA5MzQ1MjYzMDE4Mzg/

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