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19 de abril de 2024

Após 21 anos, paróquia cancela festa de Santo Antônio, em Maringá


Por Monique Manganaro, com informações de Lethícia Conegero Publicado 03/06/2020 às 13h44 Atualizado 24/02/2023 às 04h07
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A paróquia de Santo Antônio de Pádua, na Vila Santo Antônio, em Maringá, decidiu cancelar a realização da festa do padroeiro e a distribuição do tradicional bolo de Santo Antônio neste ano. A decisão foi tomada frente aos efeitos da pandemia do novo coronavírus e às mudanças provocadas na cidade.

Em entrevista ao GMC Online, o padre Neri Dione Squisati explicou que a discussão sobre a realização da festa, que chegaria à 22ª edição, começou há mais de um mês, desde que todas as atividades da igreja foram suspensas por causa do avanço da Covid-19. A tradicional comemoração ocorria há 21 anos ininterruptos para celebrar o dia de Santo Antônio, lembrado em 13 de junho. 

“Nós com o conselho da comunidade, conselho de pastoral, conselho de assuntos econômicos, já no mês de maio, achamos por bem decretar a não realização da festa de Santo Antônio, por perceber que o quadro da pandemia não proporcionaria a possibilidade de realizarmos”, diz o padre.

Segundo ele, depois de decretado o cancelamento da festa, colocou-se em discussão a produção e a distribuição do bolo de Santo Antônio, conhecido por presentear fiéis com medalhas do santo casamenteiro. “Também percebendo a situação, nós começamos a sentir que as exigências que teríamos que seguir seriam muitas, e isso poderia causar mais problemas do que benefícios”, afirma.

Padre Squisati explica que, para que o doce seja produzido, a igreja precisa ter a ajuda de mais de 100 voluntários, já que são aproximadamente 110 metros de bolo. De acordo com ele, além de boa parte dos voluntários pertencer ao grupo de risco da doença – já que muitos são idosos -, verificou-se a dificuldade na preparação do local, que precisaria estar de acordo com as regras sanitárias para receber o público. “Nós fizemos o cálculo de tudo isso e pensamos nas possibilidades para tentar manter o bolo, mas ao final compreendemos que esse momento não seria tão oportuno para que a gente o fizesse”.

Depois da decisão da igreja, parte dos fiéis questionou a paróquia e sugeriu que o bolo fosse vendido pelo sistema drive thru, por exemplo. No entanto, conforme padre Squisati, a principal dificuldade seria a produção do doce, que causaria aglomeração dos voluntários.

Segundo ele, a igreja tem se mantido firme nas ações de combate à pandemia e provocar qualquer tipo de aglomeração neste momento não estaria de acordo com a postura da paróquia.

“É um momento difícil. Para nós, da comunidade, é uma decisão muito difícil também, mas nós enquanto igreja, desde o princípio, temos contribuído no combate à pandemia e, seguindo esse caminho, nós acreditamos que nesse momento essa decisão é a melhor”, diz. “É uma decisão que visa o cuidado, a prevenção da saúde de todos e, acima de tudo, a defesa da vida”, acrescenta.

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