Aos poucos, consumidores voltam para açougues e padarias em Maringá
Nesta quinta-feira, 2, açougues e padarias voltaram a funcionar em Maringá. Clientes e comerciantes reforçam cuidados de higiene.
Eduardo Gonçalves é um dos consumidores que estão voltando a comprar em panificadoras, açougues e peixarias que reabriram as portas depois de 13 dias de quarentena. Ele já comprou o pão quentinho direto da padaria perto da casa dele.
“Faz umas duas semanas que estamos com esse negócio aí. [O pão do supermercado] chegava bem murchinho, não chegava quentinho não]. Com fila e sempre na parte da tarde, então você não pega as melhores coisas”, disse Gonçalves.
Desde o início do isolamento social o Grupo Maringá de Comunicação se posicionou em defesa da reabertura deste setor.
Nessa quarta-feira, 1º, a Justiça determinou a abertura de padarias acolhendo o argumento do Ministério Público de que elas são necessárias ao combate da covid-19 ao vender produto essencial à sociedade e ao desafogar os supermercados.
Argumento defendido em reportagens produzidas pelas equipes de jornalismo do GMC.
Com a decisão da Justiça, a Prefeitura de Maringá recuou e em novo decreto normatizou a abertura também de açougues e peixarias. O consumidor agradece, diz Francisca Dantas:
“Achei ótimo. Cheguei a ir [ao supermercado] só para comprar pão. Agora está mais tranquilo”
O comerciante também agradece. Valmir Lopes proprietário de um açougue diz que todos os funcionários queriam logo voltar ao trabalho. Os clientes estão voltando aos poucos. Nesta manhã o movimento era pequeno.
“Precisando trabalhar muito. Estamos muito animados, felizes. […] Primeiro dia ainda não sabemos como vai se comportar a população, porque está todo mundo com muito medo. E, infelizmente, tem vizinhos que não estão podendo trabalhar ainda”, afirmou Lopes.
E a partir de agora todo cuidado com a higiene. Na porta do açougue álcool em gel para os clientes. Funcionários de máscaras e luvas. E na frente da loja marcação no piso, caso haja fila.
“Deixamos as marcações já feitas para evitar riscos de qualquer maneira. Se acontecer de ter [filas] já está marcado”, complementou o proprietário do açougue.
Tem panificadora que só vai abrir na sexta-feira, 3. Hoje é dia de limpeza interna diz o proprietário Antônio Dias Perez.
“A nossa maior demanda são hospitais que são os serviços básicos. E a gente está segurando o estoque para atender eles”, explicou Perez.
Movimento pequeno também na panificadora no centro da cidade. Alexandre Gutierrez diz que o serviço de entrega deve ser o forte nos próximos dias.
“Aproveitamos o tempo para organizar as coisas […], e agora voltamos. Apostando que tenha um pouco mais de serviço de entrega, afinal o atendimento presencial vai ser quase nulo. […] Principalmente no centro que não tem ninguém andando”, contou Gutierrez.
Além da queda nas vendas, durante a quarentena muitas panificadoras tiveram que descartar produtos perecíveis.
Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.
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