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30 de abril de 2024

Advogado de guardas municipais diz que equipe apenas cumpriu ordem


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 13/04/2020 às 13h01 Atualizado 23/02/2023 às 11h33
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Na terça-feira passada, 7, o dono de um lava-jato em Maringá foi rendido por guardas municipais na frente da empresa dele.

Vídeos que circularam pelas redes sociais mostram vários guardas tentando algemar o comerciante, que acaba desmaiando.

No dia seguinte, 8, o comerciante disse à CBN que foi acusado pelos fiscais da prefeitura de descumprir o decreto de isolamento social. Adriano Rosa alegou que não estava trabalhando.

Em nota oficial, o prefeito lamentou o ocorrido, disse que não tolera violência e que uma sindicância interna iria apurar a ação dos agentes.

Em um áudio que teria vazado na internet, o prefeito determina ao secretário de Segurança que a Guarda Municipal seja recolhida.

A CBN tentou por mais de uma vez falar com o secretário de Segurança de Maringá para ouvir a versão dos guardas envolvidos no episódio. Mas não conseguimos. A prefeitura informou que só iria se pronunciar por meio de nota.

Agora um advogado contratado pelos guardas municipais vem a público para dar voz aos agentes. Fausto Mocchi explica o que aconteceu naquele dia na versão dos guardas que estavam lá.

“O Prefeito determinou que a Guarda Municipal passasse a acompanhar os fiscais da Prefeitura, que iriam fazer as autuações e percorrer a cidade para verificar os comerciantes que estariam trabalhando. Naquela tarde, os fiscais receberam uma ligação, dizendo que teria um lava jato funcionando e se dirigiram até lá com uma equipe da Guarda Municipal, com posse de dois agentes. Chegando lá, houve um princípio de confusão […]. Uma das agentes que estava lá da GM, ela presta depoimento inclusive perante autoridade policial, foi xingada por esse comerciante, os fiscais também foram xingados, e, temendo pela integridade física deles, eles chamaram reforço. E aí, vieram mais três viaturas em socorro à eles. Chegando lá, os guardas pedem que ele saia da frente da viatura da Prefeitura para que eles pudessem ir embora e ele se negou, por que queria que chegasse a Polícia Militar, que não era pertinente à situação. Nesse momento, ele passou a proferir xingamentos contra uma guarda municipal, […], fazendo menção de até partir para uma agressão físicas e ela deu voz de prisão nele. E convidou para que ele entrasse na viatura e viesse até a delegacia e ele se negou. Em cima disso, eles foram cumprir a ordem de prisão que ela tinha dado”, explicou Mocchi.

O advogado diz que a manobra aplicada ao comerciante, que numa das imagens aparece com a face avermelhada, como se estivesse sufocando, é um procedimento padrão, aprendido na academia e utilizado para imobilizações.

Segundo o advogado, os agentes estão sendo ameaçados nas redes sociais.
Os guardas avaliam que foram “abandonados” pelo prefeito que teria dado mais crédito à versão do comerciante.

“Ninguém tomou providência para proteger eles [guardas municipais]. Eles estavam lá cumprindo uma determinação do Prefeito”, complementa o advogado.

O comerciante foi indiciado pelos crimes de desacato, resistência, dano ao patrimônio público e infringir determinação do poder público.

Contatada, a Prefeitura de Maringá informa que um procedimento administrativo foi instaurado. Durante sindicância, os envolvidos terão ampla oportunidade de esclarecer os fatos.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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