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19 de abril de 2024

2ª edição da ‘Marcha da Maconha’ será neste sábado em Maringá


Por Nailena Faian Publicado 22/05/2019 às 17h46 Atualizado 22/02/2023 às 13h12
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Maringá recebe, pela segunda vez, a “Marcha da Maconha”. O evento será neste sábado (25) com concentração às 14h na praça Renato Celidônio. O objetivo é mostrar para a comunidade que a atual política de drogas do país provoca consequências ruins para a sociedade.

Quem organiza o ato é o Coletivo Antiproibicionista de Maringá. Antes da ação no sábado, são realizadas rodas de conversas durante esta semana na Vila Olímpica. Nesta quarta-feira (22), a discussão é sobre racismo estrutural e genocídio negro sob o proibicionismo. Já na quinta será realizada uma oficina de cartazes e fantasias que serão utilizados na “Marcha da Maconha”.

Um dos integrantes do Coletivo Antiproibicionista de Maringá é o médico Lucas Fernando de Melo Lima. Ele ressalta que falar sobre a liberação das drogas no país é uma pauta muito importante porque a lei como está hoje impacta negativamente a sociedade.

“O proibicionismo tem várias implicações. A primeira delas é que uma parcela da população paga o preço pela proibição das drogas, que é principalmente a população negra, periférica e jovem. Eles são mortos ou encarcerados em nome do combate às drogas. A segunda questão é que a atual política de drogas é totalmente ineficaz. Ela não cumpriu com o objetivo que é diminuir o consumo de droga e tráfico. Pelo contrário, os dois aumentaram. Outra coisa é que a proibição gera mais problemas: aumento no número de encarceramentos e aumento da violência em geral”, defende.

O Coletivo Antiproibicionista entende que o primeiro passo para liberação das drogas no país seria começar pela liberação da maconha, que é a droga mais vendida, e também é a maneira como outros países iniciaram o processo.

Lima lembra sobre a importância da liberação da maconha para uso medicinal. “Já se sabe há muito tempo que a maconha tem efeitos terapêuticos e pela ciência moderna também já tem evidências. Mas a lei atual impede o plantio da maconha para uso medicinal. A Anvisa, desde 2014, permite importar. Muitas pessoas fazem isso, mas pagam, por exemplo, mil reais num extrato, sendo que poderia plantar na sua casa e ter de graça”, diz.

Mais informações sobre o evento na Fanpage.

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