Pan: Maringaense Henrique Teixeira e cia. estreiam de olho no título

Após as meninas se sagrarem campeãs na noite desta terça-feira (30), hoje (31) é a vez da seleção brasileira masculina de Handebol iniciar sua trajetória nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru. Jogador “fixo” no plantel nacional, o maringaense Henrique Teixeira entrará em quadra para disputar seu terceiro Pan. Ele vai em busca de repetir o feito de 2015, em Toronto, e garantir a medalha de ouro e a vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio – 2020.

Às 20h, Teixeira e cia. enfrentam o México, pela primeira rodada da fase de grupos. Na primeira fase, as oito seleções estão divididas em dois grupos de quatro, onde o líder e o vice-líder de cada chave garantem vaga na semifinal. Além dos mexicanos, o Brasil terá pela frente Peru (amanhã) e Porto Rico (sexta-feira). Apesar de experiente, o armador-central maringaense garante que o frio na barriga ainda está presente.

“Sempre tem aquela ansiedade, por ser um campeonato muito grande e muito importante pra gente, no sentido de ter essa vaga olímpica em jogo. Temos um grupo teoricamente mais fraco na primeira fase, mas temos que estar bem afiados para poder apresentar a nossa melhor performance”, afirmou Teixeira.

Aos 30 anos, Henrique é um dos jogadores mais experientes do grupo que representa o Brasil no Pan de Lima. Ele reconhece a responsabilidade que tem em relação às lideranças no elenco.

“Conforme o tempo vai passando, você vai tendo mais protagonismo e servindo de exemplo para os mais jovens também. Acredito que eu possa estar ajudando cada um a atingir o seu melhor rendimento, não só coordenando minha função no ataque e na defesa, mas também dando alguns passes para os mais jovens”, projetou.

Além do ouro no Canadá, em 2015, o atleta disputou as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, chegando até as quartas de final com a seleção. Ser campeão no Peru é a única maneira de garantir vaga em mais uma olimpíada sem precisar disputar um torneio pré-olímpico com seleções mais fortes, correndo um risco maior de ficar de fora. Favorita, a seleção brasileira costuma rivalizar com os Hermanos argentinos em todas as competições na América.

“O Brasil é sempre favorito aqui na América. Claro que tem algumas equipes que estão em uma grande crescente, como Chile e Cuba. E a Argentina vem sempre protagonizando com a gente essas finais nos últimos anos. Acredito que a fase final do torneio vai ser muito dura, mas esperamos errar o menos possível para sair com a medalha de ouro”, disse Henrique.

“O cenário mais provável é uma final com a Argentina. Com certeza a gente tem uma atenção especial ao jogo deles, até mesmo porque a gente conhece bem eles. Muitos jogadores jogam juntos”, completou.

Caso a zebra não dê as caras e a seleção brasileira garanta vaga em Tóquio, Henrique Teixeira terá mais uma chance de se tornar um medalhista olímpico. Com a evolução do handebol brasileiro no último Mundial, o que era sonho passa a ser algo mais próximo da realidade. Para o maringaense, uma medalha no Japão seria o broche de ouro de sua carreira.

“A medalha da Olimpíada vem se tornando um objetivo. O handebol, no Brasil, teve um grande salto em função do resultado expressivo no Mundial. Porém ainda falta pegar uma semifinal, esse último passo que a gente vem buscando. Acredito que estamos mais preparados fisicamente e mentalmente. O Brasil é um aprendiz perto de outras seleções tradicionais, mas estamos com uma mentalidade boa pra tentar ‘medalhar’ em Tóquio. Na última edição a gente bateu na trave, acabamos cruzando com a França, que era a favorita, mas fizemos um bom trabalho.”