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18 de abril de 2024

Quais os desafios da mulher no Século XXI?


Por Michele Thomaz - Trainer em PNL/Manual da Mente Publicado 08/07/2019 às 19h02 Atualizado 23/02/2023 às 10h40
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Basta sair de casa, andar pelas ruas, ir ao mercado, à farmácia ou em qualquer outro lugar e eu garanto que você encontrará mulheres trabalhando nesses, e em tantos outros, postos de trabalho. O que iniciou com uma certa timidez ganhou força nos últimos seis anos. Segundo o IBGE quase 2 milhões de mulheres entraram para o mercado de trabalho. Uma boa notícia, não fossem alguns motivos que explicam parte desse crescimento, como a crise econômica e a queda na renda das famílias. Motivo suficiente para que parte delas arregaçassem as mangas e fossem à luta com o objetivo de obter remuneração equiparada aos homens. Uma forma de justiça e melhora do orçamento familiar.

A questão é que se um lado da balança apresenta um cenário promissor, cheio de expectativas e conquistas de mulheres, por outro mostra a realidade por trás de um suposto “final feliz”. O que quero dizer é que um número significativo dessas mulheres adorariam deixar em casa sua herança transgeracional fundada na família tradicional enquanto exercem suas profissões ou iniciam novas carreiras. Uma contradição à cultura que herdamos de nossos antepassados.

A formação da família, culturalmente, sempre deixou claro a posição da mulher como eixo familiar. A pessoa central responsável por manter o equilíbrio entre parceiro, filhos e sociedade. De certa forma nós, mulheres, crescemos com este paradigma de que nossa função é manter a unidade familiar, exercer a condição de mãe integral, de esposa dedicada, bem como saber executar as tarefas domésticas. 

Em tempos de crise tudo mudou. Só não podemos fechar os olhos para o sentimento de culpa que as mulheres carregam, inconscientemente, ao saírem de casa rumo ao mercado de trabalho. Este sentimento é de sensação de que algo está errado, de que estamos nos distanciando de nossas raízes, de nossa cultura e aprendizado.

Um exemplo desse panorama sou eu quando tive meu segundo filho. Com apenas 15 dias de nascido voltei a trabalhar enquanto ele ficava aos cuidados de profissionais de um berçário. Ao ler isso, você deve estar pensando na loucura que fiz. Que, praticamente, abandonei meu filho tão pequeno e indefeso. Por um lado, você está coberto de razão, meu sentimento de culpa era imenso e tomava minha consciência.

Já por outro precisava voltar ao trabalho, pois minha condição não me favorecia quanto aos direitos trabalhistas, como licença maternidade, porém o que me tranquilizava era saber que ele estava seguro e sendo muito bem cuidado, tanto que hoje, com 15 anos, é um garoto com ótima saúde e desenvolvimento, além de ser um filho sensacional nos demais quesitos. Descobri cedo que o sentimento de culpa nada mais é do que crença ou paradigma que foi imposto por pais, avós ou parentes de outras gerações.

Por isso o grande desafio é construir uma nova realidade e aceitá-la como um curso natural de um rio que irá desembocar em algo ainda maior. Só assim essas mulheres poderão lidar melhor com suas escolhas, sem medo, ansiedade ou culpa. Outro grande passo cabe aos parceiros, filhos e familiares apoiá-las nesta nova empreitada ao invés de julgá-las. A mudança é de todos por mais que pareça que a engrenagem familiar irá travar em algum momento, mas garanto! É mera sensação. Acredito na mudança de valores. Que as mulheres sejam vistas como pessoas dedicadas e prontas à somarem com tudo aquilo que estiver ao redor e que os membros da família também estejam dispostos a dividirem as demais tarefas, sejam elas domésticas ou não. A ressignificação efetiva trará, sem sombra de dúvida, uma convivência familiar mais saudável e mais feliz. Sem culpa!

 

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