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20 de abril de 2024

Quem quer ser professor


Por Gilson Aguiar Publicado 02/08/2018 às 12h00 Atualizado 17/02/2023 às 20h56
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Um relatório da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que entre os jovens brasileiros com 15 anos e que estão na escola, somente 2,4% quer ser professor. O número já foi maior há 10 anos atrás, 7,5%. Os principais fatores, segundo o relatório, são os baixos salários e a falta de prestígio da profissão.

Outra dado que o relatório apresenta é que conforme a renda da família e o grau de instrução se eleva, menor o interesse na docência. Nas famílias onde os pais só concluíram o ensino fundamental, o interesse dos filhos na docência é de 3,4%. Já nas famílias onde os país tem formação superior o índice cai para 1,8%.

O contexto social ironiza a ciência e empobrece o conhecimento. Talvez isso ajude a entender que a educação perde sentido. A grande maioria se considera capaz de avaliar o que deve ou não ser ensinado na escola. Agora, a ignorância avalia o trabalho docente sem frequentar o ambiente escolar e conhecer de perto a realidade do ambiente onde os filhos são educados. Todo mundo fala do que não conhece.

Também, a qualidade dos professores cai e o interesse em torno da profissão também é resultado do mal caráter de muitos que estão à frente da sala de aula. A falta de investimentos no ensino faz com que poucos continuem insistindo na carreira docente. Chega o momento em que os piores se transformam em professores por falta de opção. A degeneração atrai os degenerados.

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Nos contentamos com salas de aula com alunos e prédios com aparência de instituições de ensino. O que ocorre dentro da sala de aula é desprezado e pouco comentado. O que preocupa é colocar câmeras de vigilância para saber se ocorrerá algo fora do normal. Contudo a principal anormalidade não será detectada pelas imagens e sim pela falta de conteúdo científico. Lembrando que a grande maioria dos leigos, fora de sala de aula, não tem competência de detectar a má educação, foram e também são, muitos, mal-educados.

Logo, não é de se estranhar que a grande maioria dos jovens não quer ser professor. Muitos criaram uma imagem avessa. Ficaram com a falsa ideia do que não aprenderam e também o porquê a escola não lhe fez diferença. Não estão dispostos a terem como carreira profissional o que consideram desprestígio e miséria. Quando encontram seus professores, raros são os que respeitam, cumprimentam e admiram. Para muitos é melhor fugir e desviar daquele que lhes causa “vergonha”.

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