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20 de abril de 2024

Ministro tropeça na lingua por falta de carisma


Por Gilson Aguiar Publicado 13/02/2020 às 12h41 Atualizado 24/02/2023 às 01h04
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, tropeçou de novo. Ao falar sobre a alta do dólar e argumentar sobre o crescimento do turismo doméstico, ele falou dos tempos em que a moeda norte-americana estava em baixa e permitia que muitos fossem para o exterior. Aí, resolveu dar o desastroso exemplo forjado e caricaturesco, a empregada doméstica e a ida para Disney.

O ministro não tem carisma para isso. Se formos pensar no que foi falado e quem falou podemos entender o peso do que se está falando. Guedes não é Lula. O ex-presidente já usou caricaturas como argumento. Já fez comparações absurdas. Fez associações ridículas, mas isto soava com simpatia diante da simbologia que representavas.

Guedes é a imagem da contundência, do conservadorismo e de um posicionamento mais cadenciado, conservador. Ele não tem carisma para fazer este tipo de associação. Soa como ofensa. Isto deve estar claro para quem lhe assessora e deve conduzir a retórica de sua fala. Conter suas expressões.

A falta de polimento estético no discurso já é um problema no atual governo. Gera insatisfação em relação a temas polêmicos. O presidente Bolsonaro que o diga. É pivô de inúmeras afirmações desastrosas quando se fala do chefe do executivo. Guedes é um o gestor de uma pasta que não pode abrir este tipo de lacuna.

Logo, o ministro não estava errado no conteúdo. Não foi equivocado na análise, mas foi infeliz na forma como apresentou a argumentação e no exemplo. Deveria ter mais cuidado. Pode ter jogado fora uma boa reflexão por ter usado os elementos errados na apresentação da lógica. Metáforas são a expressão da criatividade ou da falta de tato para lidar com o conteúdo da mensagem. Guedes tropeçou.

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