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23 de abril de 2024

Ética que nos falta


Por Gilson Aguiar Publicado 30/07/2019 às 11h40 Atualizado 23/02/2023 às 16h38
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O filósofo grego, Epicuro de Samos, foi um hedonista. Defensor de uma ética que deveria ser mantida como a estética do bom comportamento. Aquele que pelos seus atos demonstra no que crê e controla-se para não deixar levar pelos excessos de uma emoção que pode prejudica-lo. O ser humano que independente do que pensa, das decisões que toma, age de forma correta e livre.

Temos, segundo o filósofo grego, que assumirmos a responsabilidade das funções que exercemos. Aquele que assume uma função pública não pode se dar ao comportamento fútil, as falas desregradas, as acusações sem sentido e desnecessárias. Quando se fala de poder deve-se abandonar o sentimento mundano, a crença profana e se ater ao civilizado.

Outro filósofo importante sobre a ética foi Sêneca. Um senador romano defensor do estoicismo. Considerava que o ser humano deve ser governado pela sua consciência. Por mais que seus desejos mesquinhos, vontades particulares, desejos instintivos tentem tirá-lo do comportamento necessário à sua função.

Hoje, somos carentes de pessoas éticas. Daqueles que tenham responsabilidade para com seus atos. Que aprendam a fazer o que é necessário para a função que assumem. Não podemos ser governados por pessoas que respondem ao prazer de seus desejos. Em muitos lugares onde o líder deve ser o exemplo do bom comportamento (Epicuro), encontramos a irresponsabilidade com a função.

Para Sêneca, deve o líder abrir mão de seus desejos e vontades pelo bem maior que é a sociedade. Deve dar o exemplo de como deve se agir diante dos temas que envolvem a todos. Não pode se deixar levar pela sua visão pessoal sobre aquilo que delibera e sim pelo que é necessário ao povo.

Diante de tudo o que temos vivido, em tantos lugares, acredito que se instalou uma crise ética. Ela se propaga e ganha formas de um personalismo tolo. Um líder em cargo empobrece seus valores agindo de forma tola enquanto deveria ser a altura de sua condição administrativa elevada. É a miséria humana que deve estar sob o controle e ser combatida e que agora, loucamente, se encontra no poder e está no comando de muitos.

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