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19 de abril de 2024

Ética da particularidade


Por Gilson Aguiar Publicado 03/07/2019 às 12h56 Atualizado 23/02/2023 às 09h12
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Vivemos uma crise ética. Esta afirmação é uma constante. Mas quantos sabem a dimensão do que ela significa? Poucos. Logo, temos que conhecer o conceito de ética. Saber que ela representa a ação reflexiva de valores, aquilo que pode se entender por moral. Temos uma orientação em nossos atos do que consideramos certo ou errado, bom e mau. A forma como expressamos é a conduta ética com a valorização de determinados fins.

Em uma sociedade se construiu culturalmente uma cadeia de valores que devem orientar a cada um e a todos. Desta forma, buscamos romper a violência evitando que interesses pessoais possam ferir de forma significativa um valor comum. Nem sempre é fácil compreender que estamos subordinados, ou melhor, sujeitos ao julgamento moral sobre nossos atos. Por isso, muitos questionam se nosso comportamento é “ético”.

Atualmente se valoriza a chamada “lógica da particularidade”. O ser em si, na sua condição pessoal e precariedade de compreender a complexidade do mundo se considera capaz de estabelecer um critério “universal” de valor para o comportamento. Seus interesses pessoais se sobressaem sobre as condições coletivas. Logo, se acredita que não há o que temer quando se quer, deve-se buscar a qualquer preço.

O tema é complexo, por mais que pareça simples, se formos considerar nossa perspectiva de valores particulares. Seria fácil para uma grande maioria das pessoas acreditarem que todos deveriam crer e valorizar aquilo que a particularidade valoriza. Por que todos não são iguais a mim? Esta pergunta que expressa à mesquinhez limitante de quem tem uma visão precária das relações que vive e de si mesmo está alojada na mente de um número cada vez maior de pessoas.

Logo, a crise ética se sustenta na precariedade humana. Na parcialidade umbilical que destrói debates mais amplos sobre temas profundos. Vivemos de receitas distorcidas para se ter uma vida que se quer “feliz”. Para resolver os dilemas da convivência social acredita-se no poder do indivíduo. Ele, por si e sem mais ninguém, pode mudar o mundo. Como? Impensado e impossível, mas o que é “impossível” para um ser ensimesmado?

Precisamos dar um “tombo” neste ser humano que se eleva flutuando em seus sonhos e delírios. Ele percorre o céu sem sustentação. Está embriagado e toma sua dose diária de alucinógeno. Não pode deixar de se anestesiar para crer que até a morte tudo permanecerá fantástico. Só tomado por uma ilusão em forma de mensagens absurdas de particularização o sem sustentação se pode flutuar fugindo da realidade e vivendo um mundo do “Eu”. A ética morre diante do autismo social.

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