Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

24 de abril de 2024

Envelhecer não é um problema


Por Gilson Aguiar Publicado 26/07/2018 às 11h10 Atualizado 17/02/2023 às 19h23
 Tempo de leitura estimado: 00:00

O futuro nos reserva uma população de 228 milhões de brasileiros, em 2060. Contudo, o ambiente será mercado por pessoas com mais de 50 anos, serão mais de 45% dos brasileiros. As escolhas para adultos contaminará o comércio. E papo de “velho” pode ser inspiração para a produção cultural. Possivelmente as festas de Natal e Ano Novo serão nos clubes e menos em família. Por sinal, ambiente familiar será bem diferente do que assistimos na propaganda de margarina.

Um levantamento do IBGE mostra que as mulheres continuaram sendo a maioria em 2060, serão 51,4% da população. Com uma projeção de a qualificação superior ter uma maioria absoluta do sexo feminino, elas estão com mais potencial no mercado de trabalho. Hoje, a maioria dos universitários é do sexo feminino. Elas desistem menos dos estudos e vão viver mais. Para 2060 a perspectiva de vida das mulheres é de 84,2 anos, enquanto os homens tem uma perspectiva de 77,9. Mulheres com mais instrução e melhor renda tem menos filhos. Vale lembrar, que em 40 anos os brasileiros com menos de 14 anos serão 15% da população. Hoje são 21%.

Um terço da sociedade terá mais de 60 anos. Vão predominar na perspectiva do que deve ser prioridade e como se estabelece o padrão de necessidades do país. Hoje, os sessentões são apenas 13%. Estes brasileiros com idade de serem avós não vão experimentar a vida que os nonos e nonas de hoje presenciam. Vão viver cercados de seus iguais, mas também sozinhos.
Se associarmos o envelhecimento com a tendência dos hábitos que estamos adquirindo hoje, a solidão irá se firmar como tendência. Levando em consideração que os jovens entre 15 a 25 anos serão os sessentões que o IBGE projeta em sua pesquisa, os desejos particulares irão imperar sobre a convivência com os outros. Com relações mais curtas e com maior liberdade de desprendimento com os compromissos, as “teclas” de “enter” e “delete” serão intensamente usadas. A busca pela felicidade instantânea impedirá o velho de deixar envelhecer suas relações.

E por fim, a população começará um processo de encolhimento em 2060, segundo os dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Com uma tendência que já começou das mulheres terem cada vez menos filhos, os brasileiros sessentões não deixaram herdeiros. A sucessão será um tema para poucos. As casas e apartamentos serão menores, o desejo do grande espaço particular será uma tendência rara para os excêntricos.

Já participei de tantos debates discutindo as gerações Y e Z. A tendência dos jovens contemporâneos. Como serão os debates sobre a juventude na década de 2060? Possivelmente estaremos olhando para um futuro com saudosismo da perspectiva de rejuvenescimento. Mas, possivelmente, a terceira idade deixará de ser um peso. Talvez nem se chame mais terceira idade e sim a idade de todos nós.

 

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação
Geral

‘Tem professor que fala: ChatGPT, melhora essa aula para mim’, diz secretário de SP


O secretário da Educação de São Paulo, Renato Feder, disse nesta quarta-feira, 24, que o uso do Chat GPT para…


O secretário da Educação de São Paulo, Renato Feder, disse nesta quarta-feira, 24, que o uso do Chat GPT para…

Geral

Meningite: conheça as causas, os sintomas e as formas de evitar a doença


Devido às altas taxas de mortalidade e ocorrência de sequelas, a meningite é considerada uma doença devastadora pela Organização Mundial…


Devido às altas taxas de mortalidade e ocorrência de sequelas, a meningite é considerada uma doença devastadora pela Organização Mundial…

Geral

‘Não existe clareza sobre regras das companhias aéreas para transporte de pets’, reclama tutora


Em novembro do ano passado, a jornalista Gabriela Longman, de 40 anos, enfrentou transtornos para trazer sua cachorra de João…


Em novembro do ano passado, a jornalista Gabriela Longman, de 40 anos, enfrentou transtornos para trazer sua cachorra de João…