Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

25 de abril de 2024

Confiança não tem preço


Por Gilson Aguiar Publicado 23/04/2020 às 10h17 Atualizado 23/02/2023 às 09h09
 Tempo de leitura estimado: 00:00

A beira da estrada uma vendinha sem vendedor. Nela, produtos orgânicos e livros. Preço acessível dos produtos contrasta com a confiança. Se há alguma vigilância anunciada é um cartaz dizendo “você está sendo filmado por Deus”. Esta barraca simples de madeira não é um objeto de retórica de um conto é fato.

Instalada na BR 317, ela foi ideia de um casal de produtos agrícola aposentados. Ele artesão e ela professora e escritora. Os dois dizem apostar na confiança. Na barraca os alimentos podem ser adquiridos por um preço típico de feira, a partir de R$ 5,00. Para pagar os produtos é só colocar o dinheiro em uma caixa de madeira.

Preocupados com a pandemia e cuidando da higiene, o casal instalou na barraca álcool em gel e uma pequena pia com água e sabão. Um cartaz pede para higienizar as mãos antes de tocar nos alimentos.
Todos os dias, Vera Fávero Margutti, 59 anos, e Elcio Margutti, 64 anos, passam para recolher o dinheiro e repor os produtos. Já chegaram e encontraram a barraca saqueada, roubada. Mas não desistem. O retorno dos que respeitam a iniciativa é maior e alimenta o ato de confiança nas pessoas.

É nisso que se resume esta ação, confiança. Por mais que alguns respondam se aproveitando, há os que reforçam e demonstram que a merecem. Os valores que nós tanto queremos preservar e propagar como confiança, respeito, solidariedade, justiça, honestidade, enfim seja o que for, se ele for praticado. Se fizemos para os outros na demonstração de que estamos dispostos a ser e nos comprometer com o que acreditamos. Isto é que provoca a mudança.

Parabéns ao casal, honrados no que fazem e pelo que fazem. Agem e não se acomodam na condição confortável de críticos se ação. Praticam e sustentam com o ato o valor que defendem. São eles que provocam a mudança enquanto a grande parte idolatra a desconfiança para se manter crítico e distante da necessidade de agir. Acreditar no ser humano e se relacionar expressando o que se acredita e convidando as pessoas a prática.

O engraçado é que a vendinha está a beira da estrada, em meio ao caminho, cruzando como possibilidade o caminho de muitos e fazendo a diferença na vida de alguns. Uma oportunidade de alimentar e ser alimentado pela confiança, mais do que os produtos que são vendidos.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação
Geral

Russa é resgatada no Brasil após intervenção do consulado


Uma mulher de nacionalidade russa foi resgatada pela Polícia Civil de Minas Gerais após informações encaminhadas pelo consulado diante de…


Uma mulher de nacionalidade russa foi resgatada pela Polícia Civil de Minas Gerais após informações encaminhadas pelo consulado diante de…

Geral

Redes estaduais de ensino já têm mais professores temporários do que concursados


O número de professores concursados nas redes estaduais de ensino do Brasil é o menor em dez anos, o que…


O número de professores concursados nas redes estaduais de ensino do Brasil é o menor em dez anos, o que…

Geral

Justiça libera concessão do trem Intercidades entre SP e Campinas


O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aceitou nesta quinta-feira, 25, recurso do governo de São Paulo e derrubou…


O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aceitou nesta quinta-feira, 25, recurso do governo de São Paulo e derrubou…