Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

26 de abril de 2024

Agronegócio: entre o defensivo e o pesticida


Por Gilson Aguiar Publicado 23/04/2019 às 11h56 Atualizado 21/02/2023 às 06h12
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Um dos assuntos mais polêmicos do agronegócio é o uso dos defensivos agrícolas, ou o que alguns chamam, agrotóxicos e pesticidas. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde, oito em cada dez municípios do Paraná há consumo de agrotóxicos junto com a água. Estaria a população sendo envenenada.

Audiência pública foi realizada em Maringá para discutir o tema. Dados apresentados pelo Ministério Público demonstram que foram consumidas 29 milhões de toneladas de agrotóxico pelos maringaenses entre 2012 a 2017. O termo “envenenamento” foi utilizado. Pesado, por sinal.

Os produtores agrícolas questionaram os números. Afirmaram que não se poderia fazer uma conta simples de quantidade de defensivos em relação ao número de habitantes. Não se despeja agrotóxicos na boca da população. Há, segundo eles, uma logística de aplicação, condições de retenção do produto químico e o que realmente é consumido do produto.

O assunto sempre gera polêmica. Mas necessita ser entendido na realidade de consumo de alimentos no Brasil. Os produtos considerados naturais são de custo elevado, não tem uma produção que atenda a população. O ideal da alimentação saudável tem que ser entendida dentro de um nível de tolerância de aplicação de agrotóxicos.

Precisamos de condições de produção mais adequadas e com custo menor para o produtor. Não podemos comparar o consumo de alimentos no Brasil com países desenvolvidos da Europa, onde há subsídios para produtores agrícolas.

Estamos em uma sociedade industrial e com produção em larga escala. A produção artesanal, com volume menor, tem uma tendência a um custo maior para o consumidor. O que não significa que a produção tradicional seja de má qualidade. Não se está envenenando a população.

Medidas de proteção da população em relação a qualidade dos alimentos é bem vinda, este é o papel da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). A qual tem critérios para o uso de defensivos. Quem desobedece as estes critérios deve ser punido. Mas generalizar a produção agrícola, a qualidade dos alimentos e considerar um envenenamento da população, é exagero.

 

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação
Geral

Caso de jovem morto após deixar sauna gay em SP é investigado pela Polícia Civil


Um homem de 23 anos morreu em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em São Paulo após ser resgatado, sem…


Um homem de 23 anos morreu em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em São Paulo após ser resgatado, sem…