Vereadores cobram explicação sobre áudio que aponta caixa 2
Vereadores de Maringá usaram a tribuna da Câmara, nesta terça-feira (23), para cobrar explicações sobre o conteúdo de um áudio, onde um ex-cargo comissionado da Prefeitura de Maringá fala em arrecadação de recursos para caixa 2 eleitoral.
No áudio, Marco Meger se queixa do tratamento que vinha recebendo e se dirige a um dos irmãos do prefeito Ulisses Maia, quando cita a existência de um caixa 2 para campanha.
“Se eu não sou de confiança, manda embora, entendeu? Não sou obrigado a me humilhar para vocês, não. (…) Pra ir pra campanha, levar R$ 500 mil em dinheiro, caixa 2, vocês ficaram felizes”, diz Meger em trecho do áudio.
O irmão do prefeito entregou o áudio à cúpula do governo e a decisão foi pela exoneração de Meger, o que ocorreu na sexta-feira (19).
Logo depois de exonerado, Marco Meger gravou um video pedindo desculpas e dizendo que tudo não passou de brincadeira. Mas o assunto continua repercutindo. Na sessão da Câmara desta terça-feira (23) teve protesto.
Um grupo levou faixas pedindo apuração. O pedido foi feito também ao Ministério Público (MP) pelo estudante de Direito Eduardo Lanza.
“Eu protocolei no Ministério Público o pedido de investigação para que se saiba se foi realmente ou não feito caixa 2 e, se foi, para quem ele foi feito”, disse.
Vereadores usaram a tribuna para dizer que o assunto é grave e deve ser apurado. Um grupo de vereadores também disse que irá ao MP pedir investigação. O áudio que percorreu redes sociais também chegou ao vereador Homero Marquese (Pros). “É algo sério. Acho que precisa ser esclarecido”, afirmou.
O vereador William Gentil (PTB) que até pouco tempo estava na base apoio da administração e agora vem fazendo críticas contundentes ao Executivo, também quer apuração. Além de Marchese e Gentil, também devem acionar o MP os vereadores Do Carmo (PSL), Luiz Pereira (PTB) e Chico Caiana (PTB).
Para a reportagem da CBN, a prefeitura informou nessa segunda-feira (22) que o ex- cargo comissionado foi exonerado por causa da denúncia infundada que fez, comportamento inaceitável mesmo em mensagens privadas, e que terá de provar o que diz.