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25 de abril de 2024

Um dos réus no ‘Caso Sevilha’ está foragido desde 25 de agosto


Por Victor Simião/CBN Maringá Publicado 05/09/2019 às 13h03 Atualizado 24/02/2023 às 03h34
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Acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) como o executor de José Sevilha, Fernando Ranea segue foragido da Justiça. Ele teve a prisão preventiva decretada no domingo, dia 25 de agosto, durante o julgamento dos três réus, acusados de participação no homicídio do auditor fiscal. Desde então, ele não foi localizado. No dia em que a Justiça decretou a prisão, Ranea estava em Maringá.

A CBN entrou em contato com a defesa da Ranea. Por telefone, o advogado Aluísio de Carvalho disse, nesta quarta-feira (04), que desde o dia do julgamento não teve mais contato com o cliente. Apesar disso, o advogado entrou com um pedido de revogação da prisão. Até o momento, a Justiça não analisou a solicitação. A defesa diz que o réu é inocente.

O julgamento do auditor fiscal ocorreu durante seis dias. No último, foi dissolvido pelo juiz da 3ª Vara Criminal da Justiça Federal, Cristiano Manfrim. A motivação foi a saída do tribunal das defesas de Marcos Gottilieb e Fernando Ranea, que alegaram contaminação do júri. Em outras palavras, quer dizer que eles sentiram que os réus seriam declarados culpados pelos jurados, antes mesmo do término do debate entre as partes. A ação é considerada como abandono.

Com a dissolução do Tribunal do Júri, todo o procedimento deve ser refeito: como convocação de testemunhas e sorteio dos jurados. O auditor José Antônio Sevilha foi morto a tiros em setembro de 2005.
Por conta do abandono de plenário, o juiz multou cada um dos sete advogados de defesa dos réus Marcos Gottilieb e Fernando Ranea em R$ 99.800 mil – o equivalente a 100 salários mínimos. Por meio de nota enviada a imprensa, o juiz escreveu que a decisão dos advogados foi desrespeitosa e abusiva.

Consultadas pela CBN, as defesas disseram que vão recorrer.

Estavam sendo julgados o empresário Marcos Gottlieb, proprietário de uma empresa que vinha sendo investigada pelo auditor e apontado como mandante do crime; Fernando Ranea, que seria o executor; e Moacyr Macêdo, que teria aproximado os dois. Este último permanece livre. A defesa dele não deixou o tribunal.

Outros dois homens foram indiciados, porém um nunca foi localizado e outro morreu durante cumprimento de pena pelo crime de sequestro.
Os réus são acusados pelo crime de homicídio qualificado, e a pena varia de 12 a 30 anos de reclusão. O empresário Marcos Gottlieb está preso preventivamente desde maio deste ano.

Sevilha investigava a empresa Gemini, uma importadora de brinquedos, que tinha dívidas milionárias com a Receita Federal. As defesas dizem que os réus são inocentes.

Ao todo, 11 testemunhas prestaram depoimento ao longo do julgamento.
Devido à dissolução, o Ministério Público Federal quer que a defesa e réus paguem as despesas com o julgamento.

Este foi o primeiro julgamento de júri popular na Justiça Federal de Maringá em 26 anos. O caso mobilizou forças policiais, advogados e estudantes de direito.

Ouça a reportagem na CBN Maringá.

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