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20 de abril de 2024

Snipers: Conheça os atiradores de elite do Grupo Tigre do Paraná


Por Monique Manganaro Publicado 28/08/2019 às 13h18 Atualizado 24/02/2023 às 01h08
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A ação de um atirador de elite na terça-feira passada (20) deu fim a uma ação que assustou o Brasil. Ainda no início da manhã, um homem fez os passageiros de um ônibus da Viação Galo Branco reféns na Ponte Rio-Niterói, no Rio de Janeiro. O sequestro começou por volta das 5h30 e durou cerca de quatro horas.

Depois de algumas horas, o jovem que mantinha as vítimas reféns foi morto por atiradores de elite da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

Profissionais como esses, conhecidos como snipers, atuam, geralmente, como a “inteligência” de um grupo tático. É o que explica Cristiano Quintas, delegado operacional do Tático Integrado Grupos de Repressão Especial (Tigre) do Paraná.

“[Ele] gera informação em tempo real do que acontece no interior do cenário da crise, também chamada de teatro de operações. Pela sua posição privilegiada, o sniper fornece cobertura de fogo ao time tático. Pode, em casos extremos, efetuar o disparo de incapacitação instantânea. É treinado para fazê-lo, mas para isso deve receber o ‘sinal verde’ do comandante e isso acontece somente quando se identificar que não é negociável, atendendo a uma rigorosa doutrina de gerenciamento de crises”, pontua.

Os atiradores de elite sempre têm a identidade preservada. Mesmo dentro de equipes especiais da polícia, eles integram um grupo seleto de profissionais. Segundo a Polícia Civil, durante a ação, eles trabalham em duplas e ficam posicionados a uma distância que varia de 100 a 300 metros do alvo. No entanto, há registros de disparos que atingiram mais de mil metros.

Novos snipers são escolhidos entre os próprios integrantes do Tigre. Os candidatos passam por seleção interna – com prova teórica, prova de tiro e avaliação física – e depois realizam o curso completo em outras instituições, como a Polícia Federal e a equipe de elite da Polícia Civil de Goiás.

“A seleção desses profissionais é complexa, a capacitação é prolongada e a rotina de treinamento é constante. A capacitação é prolongada, pois periodicamente os snipers do Tigre são avaliados internamente assim como participam de encontros de snipers para atualização e treinamento”, explica Quintas.

Os treinamentos, segundo ele, ocorrem semanalmente, ou até mesmo em períodos menores, para que a qualidade dos atiradores e dos equipamentos seja atualizada com frequência.

O armamento disponível também é de uso restrito. Conforme o delegado Cristiano Quintas, os snipers do Tigre, de maneira geral, utilizam armas com o calibre 308.

Como complemento, aparelhos de alta tecnologia ajudam na precisão dos disparos. Segundo a polícia, o telêmetro, por exemplo, é usado para medir distâncias, e o termo-higrômetro indica temperaturas e umidade.

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