PF investiga grupo que comercializava a ‘pílula do câncer’
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (4) a Operação Placebo, visando desarticular um grupo criminoso que produz e introduz irregularmente no país, produto usado para fim terapêutico ou medicinal, à base de Fosfoetanolamina.
O medicamento não possui registro nos órgãos competentes, sendo sua introdução e venda em território nacional enquadrada como crime previsto no art.273 do Código Penal.
Policiais Federais cumprem três mandados de busca e apreensão em Curitiba expedidos pela 13ª Vara Federal local.
A investigação teve início a partir de denúncia recebida na Polícia Federal no Paraná. Perícia realizada no medicamento, no curso da investigação, não constatou a presença da substância fosfoetanolamina.
A PF dará mais informações ao longo da investigação.
Fosfoetanolamina
A fosfoetanolamina é uma substância produzida naturalmente pelo corpo humano nas células de alguns músculos específicos e no fígado, mas passou a ser reproduzida no laboratório da USP. Há poucas informações sobre como a substância atuaria no tratamento do câncer.
O pouco que se sabe é que ela poderia agir dentro da carcinogênese, ou seja, poderia ter alguma influência na formação do tumor. Outra hipótese é que a fosfoetalonamina sintética teria ação anti-inflamatória e apoptóticas, em outras palavras, seria capaz de “matar” as células cancerígenas.
Porém, todas essas são teorias não foram comprovadas e ainda estão no campo da suposição.