Inquérito sobre enforcamento de menina em Nova Esperança é concluído
Foi concluído nesta quinta-feira (17) o inquérito que apurava a morte de uma menina de 1 ano e 11 meses que se enforcou com a alça de uma bolsa em uma escola particular de Nova Esperança (a 40 quilômetros de Maringá). O acidente ocorreu no dia 14 de dezembro do ano passado.
Segundo o delegado de Nova Esperança, Leandro Farnese Teixeira, a professora da aluna será indiciada por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
“Ficou evidenciado que a altura do gancho somada à altura da mochila e da criança proporcionaram que ela enroscasse o pescoço. Provavelmente ela soltou o corpo e houve o enforcamento. A professora logo que viu tirou a criança dali, mas a passagem de oxigênio para o cérebro ficou comprometida”, explica o delegado.
A professora responsável pela aluna, outras professoras, a diretora e zeladora do colégio foram ouvidas. Os pais e o avô da criança também foram ouvidos pela Polícia Civil.
Agora o inquérito será encaminhado ao Ministério Público, que vai avaliar se oferecerá denúncia ou não contra a professora.
A escola está fechada, coincidentemente, o dia 14 de dezembro era o último dia de funcionamento do local. Segundo o delegado, a instituição havia sido vendida.
Relembre o caso
No dia 14 de dezembro de 2018, Alana Gabriela Costa Almeida se enforcou, acidentalmente, com a alça de uma bolsa em uma escola particular de Nova Esperança.
Ela foi internada no Hospital Universitário (HU), mas não resistiu e teve morte encefálica cinco dias depois.
Em depoimento à Polícia Civil, a diretora da escola disse que a professora foi colocar uma documentação no armário ao lado da sala, como era costume, quando ouviu gritos na sala de aula. Imediatamente a professora teria voltado para a sala, mas a menina já havia se enforcado com a alça da bolsa. Na sequência, ela pegou a criança e a levou para o Samu.
A documentação da escola, segundo a Polícia Civil, estava regular, tanto em relação ao funcionamento da instituição quanto ao número de professoras que trabalhavam no local.