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19 de abril de 2024

Edison Brittes e mais 3 serão indiciados por homicídio qualificado


Por Folhapress Publicado 21/11/2018 às 11h36 Atualizado 19/02/2023 às 01h08
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A Polícia Civil do Paraná informou, nesta terça-feira (20), que vai indiciar Edison Brittes e outras três pessoas por homicídio qualificado por tortura e ocultação de cadáver pela morte do jogador Daniel Corrêa. A polícia encaminhará o inquérito com o indiciamento à promotoria de Justiça. Os laudos da perícia e do IML serão juntados ao inquérito nesta quarta (21), de acordo com o delegado que lidera a investigação Amadeu Trevisan.

Além de Edison, que é o autor confesso do crime, Igor King, Eduardo Henrique Ribeiro e David Vollero também serão indiciados. Todos estão presos. Os quatro estavam no carro que levou Daniel para o matagal onde foi encontrado morto em São José dos Pinhais, em 27 de outubro.

A Polícia também irá indiciar Allana Brittes e Cristiana Brittes, filha e esposa de Edison, respectivamente, por fraude processual no curso do processo e coação de testemunhas. As duas estão presas preventivamente na Penitenciária Feminina de Piraquara (PR).

Além delas, Eduardo Purkote será indiciado por lesão corporal grave. O gêmeo Purkote está detido desde quinta-feira (15) e deverá continuar em custódia pelo menos até quarta-feira, de acordo com Trevisan.

“O que a gente observa nos depoimentos são algumas contradições. Algumas pessoas colocam o Purkote no crime outras não colocam. Depende da análise boa que devemos fazer nas próximas 24 horas. Ele deve continuar preso pelo menos pelas próximas 24 horas até que seja feita toda análise do conteúdo inquérito”, explicou o delegado mais cedo nesta terça.

Pedido negado

O juiz Siderlei Ostrufka Cordeiro, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais (PR), negou um pedido para revogar a prisão temporária de Cristiana Brittes, suspeita de participar do assassinato do jogador Daniel Corrêa. A decisão foi proferida no dia 15 de novembro.

Em seu despacho, o juiz afirmou que a prisão de Cristiana contribuiu para o andamento das investigações do crime. Edison Brittes, o Juninho Riqueza, admitiu que matou Daniel na casa em que a família comemorava o aniversário de Allana Brittes. Allana, Cristiana e Juninho estão presos desde o fim de outubro.

O advogado Claudio Dalledone Filho havia pedido a revogação da prisão de sua cliente afirmando que não há provas de seu envolvimento no crime. Mas o juiz afirmou que a soltura de Cristiana “poderia implicar em suspeita de desaparecimento de provas, modificação do estado de coisas, etc., já que a requerente seria, ao menos, em tese, a principal interessada em proteger o marido e pai de suas filhas.”

A prisão temporária de Cristiana, Allana e Juninho tem prazo de 30 dias, mas pode ser renovada antes da soltura, se a polícia ou o Ministério Público pedirem e a Justiça autorizar.
Não satisfeita com a decisão da Justiça, a defesa dos Brittes entrou com embargos de declaração, tentando reverter a prisão temporária de Cristiana.

“A defesa ofereceu embargos de declaração, pois o juiz não esgotou todos os argumentos defensivos. Com isso não se tem ainda uma decisão que negue ou conceda a liberdade para Cristiana”, afirmou o advogado em nota. “É importante ressaltar que não se trata de um Habeas Corpus endereçado ao Tribunal Justiça, mas sim de um pedido de revogação de prisão endereçado ao juiz de São José dos Pinhais, o mesmo que decretou a prisão temporária.”

O delegado Amadeu Trevisan, que conduz as investigações, afirmou que Allana e Cristiana Brittes serão indiciadas por fraude processual. “Elas mantiveram o resultado encoberto, tanto que ligaram para a família da vítima. Elas também coagiram testemunha no curso do processo. Elas fazem negociação (sobre versão a ser relatada à polícia). Elas não quiseram esclarecer os fatos no começo”.

Além da família Brittes, outros quatro suspeitos permanecem presos por suposto envolvimento no assassinato de Daniel.

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