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20 de abril de 2024

Professora é afastada após fotos de aula sobre educação sexual


Por Folhapress Publicado 02/11/2018 às 13h33 Atualizado 18/02/2023 às 20h16
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Uma professora de Cascavel, no oeste do Paraná, foi afastada das atividades por 30 dias após uma polêmica aula de educação sexual para crianças de 9 e 10 anos.

Grasiela Ivana Passarin, que trabalha na rede municipal de ensino há 19 anos, levou para a sala de aula preservativos -masculino e feminino- e próteses de borracha semelhantes a órgãos genitais. Os objetos foram manuseados pelos alunos e fotografados pela professora, que postou as imagens em uma rede social.

A secretária de Educação, Márcia Baldini, disse que houve excessos da professora, ressaltou que o currículo escolar prevê o conteúdo de orientação sexual, mas em questões de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e prevenção da gravidez na adolescência. “Não cabia aquele aprofundamento, de forma alguma”, afirmou.

O caso, que aconteceu na escola municipal Aníbal Lopes da Silva, ganhou as redes sociais na terça-feira (30), após a própria professora publicar em seu perfil as imagens das crianças.
As fotos também foram levadas ao Ministério Público, que irá analisar se houve exposição ilegal dos alunos.

Em nota, a Polícia Civil informou que está acompanhando o caso, já que houve registro formal feito pela Secretaria da Educação, mas que somente após a sindicância instaurada pelo município e ouvir os envolvidos poderá chegar a uma conclusão se houve algum tipo de crime.

O afastamento da professora foi determinado por telefone pelo prefeito Leonaldo Paranhos (PSC), que estava em Brasília na terça-feira.

Nesta quinta-feira (1), Paranhos disse à Folha de S.Paulo que é preciso dar o espaço necessário para que a professora explique a intenção do uso do material.

“A gente não pode de um erro fazer outro. Nós não podemos querer fazer justiça, banalizar isso, expor as pessoas, porque a professora também tem família”, disse.

O prefeito reforçou que o método não integra o Plano Municipal de Educação, tanto que o material usado foi emprestado de outro órgão público, o Cedip (Centro Especializado de Doenças Infecto-Parasitárias).

“Se tivesse inserido no dia a dia das escolas não era necessário fazer o pedido [de empréstimo do material], foi algo que veio externamente.”

A professora afirmou que está tranquila e defendeu a sindicância, mas disse que não pretende falar sobre o método aplicado em sala de aula.

“O que me deixa perplexa é a reação desenfreada de discursos agressivos, isso sim é uma coisa que me deixa perplexa, mas eu estou bem. Estou confiante sobre o processo, está havendo um equívoco de informações, vai ser julgado, avaliado e estou tranquila quanto ao método e as aulas”, afirmou.

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