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19 de abril de 2024

Morte de 12 bebês em 32 dias em hospital é investigada


Por Nailena Faian Publicado 14/02/2019 às 20h10 Atualizado 20/02/2023 às 01h48
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Um grupo técnico da 16ª Regional de Saúde de Apucarana (a 83 quilômetros de Maringá) está investigando a morte de 12 bebês em apenas 32 dias no Hospital da Providência Materno Infantil, em Apucarana.

Os números são preocupantes, já que a média mensal de óbitos de bebês na 16ª Regional de Saúde é de, em média, 3 a 4 mortes.

Os óbitos ocorreram entre os dias 4 de janeiro a 7 de fevereiro deste ano. Foram seis mortes de bebês recém-nascidos e outras seis mortes intrauterinas (quando a criança ainda está no útero). De acordo com o diretor da 16ª Regional de Saúde, Altimar Carletto, dados preliminares apontam que 11 mortes ocorreram em função de problemas de saúde da mãe ou do próprio bebê.

Segundo ele, dos bebês que nasceram com vida, dois morreram por má formação cardíaca, um por problema pulmonar, um por infecção decorrente de infecção urinária na mãe e outra por complicações pelo fato da mãe ser diabética.

O sexto caso é de um bebê que teve óbito repentino e ainda não teve a causa constatada.

“A princípio não tem nenhum indicativo de negligência médica, mas continua sob investigação do grupo técnico que mantém esse trabalho constante”, afirma Carletto.

A família da criança é de Arapongas. Outros dois bebês que morreram também são da cidade. Os demais óbitos são de crianças de famílias de Apucarana (3), Mauá da Serra (1), São Pedro do Ivaí (1), Arapongas (1), Novo Itacolomi (2) e Rio Bom (1).

Carletto diz que o número de óbitos é preocupante, mas justificável por conta da grande quantidade de municípios que a 16ª Regional de Saúde atende. No total, são 17 cidades.

“O Hospital da Providência Materno Infantil é uma unidade de referência para casos de alto risco. Então todos os casos de alto risco da região vão para lá”, diz.

O prazo de investigação dos casos é de até 120 dias.

O que diz o hospital

Por meio de nota, o Hospital da Providência ressaltou que por ser um hospital de referência, atende casos de alto risco de 17 cidades pertencentes à 16ª Regional de Saúde.

“Por esse motivo, além de atender gestantes consideradas de baixo risco, são direcionadas ao Hospital da Providência Materno Infantil, para o nascimento dos bebês, grande demanda de gestantes com fatores de riscos associados à gestação, como diabetes, hipertensão, tabagismo e dependência química. As pacientes com parto de alto risco somam mais de mil casos por ano”, diz a nota.

Na nota, o hospital lamentou os óbitos. “A ocorrência de um óbito entristece os membros da nossa equipe, composta por médicos, enfermeiros e profissionais de outras áreas, que se empenha muito pela saúde dos pacientes.”

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