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20 de abril de 2024

Adolescente que morreu com meningite terá órgãos doados


Por Redação GMC Publicado 27/02/2019 às 11h35 Atualizado 20/02/2023 às 08h26
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A família da adolescente de 15 anos que teve meningite, de Campo Mourão, autorizou a doação dos órgãos para transplantes. A equipe do Centro Transplantador Uopeccan (Hospital do Câncer de Cascavel), que faz parte do Sistema Estadual de Transplantes, foi acionada para fazer a captação para que os órgãos (rins, fígado, tecido ocular e coração para valvas) possam salvar outras vidas.

A morte da menina foi confirmada nesta terça-feira (26). Os exames laboratoriais indicaram se tratar de meningite meningocócica do grupo B, cuja vacina não faz parte do calendário vacinal da rede pública preconizado pelo Ministério da Saúde.

Além da vacinação, há vários cuidados que podem prevenir a meningite. Entre eles, o enfermeiro Renato Lopes, da Divisão de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Estado da Saúde, destaca a higiene, ventilação dos ambientes e o não compartilhamento de objetos. Os principais sintomas são dor de cabeça, rigidez da nuca, febre, convulsão e vômito.

Nas crianças abaixo de um ano observa-se choro persistente e inchaço na moleira. Em alguns casos, o paciente pode também apresentar manchas vermelhas na pele (petequias).

Casos do Paraná

Dados preliminares de 2018 indicam a ocorrência de 1.601 casos dos mais variados tipos de meningite, com 108 mortes. Neste ano, são 143 casos no Estado com 13 mortes.

As meningites meningocócicas do grupo C foram sete, que resultaram em três mortes. Os dados estão dentro da média histórica paranaense. O comum é que casos se acumulem um pouco mais nos meses de inverno.

De acordo com Renato Lopes, a meningite pode ser causada por uma série de microorganismos – vírus, bactérias, fungos, parasitas, ou até por complicações de outras doenças, entre elas o sarampo e a pneumonia. Daí a grande importância de todas as pessoas estarem com as vacinas em dia.

A maior ocorrência é das meningites causadas por vírus (60%), que costumam ser a forma mais benigna, com boa evolução para cura. Outros 30% são causadas por bactérias – existem mais de 200 que podem provocar a doença. Elas ocorrem mais por complicações de outras doenças ou são transmitidas pelo contato entre pessoas. Os 10% restantes são causados por fungos ou protozoários.

Vacinas

A vacina fornecida nas unidades de saúde se refere, entre outras, a meningite meningocócica do grupo C. Foram registradas reclamações sobre a falta dessa vacina, uma vez que os Estados brasileiros não recebem do Governo Federal o número suficiente de doses para fazer frente à demanda. No caso do Paraná, a média recebida tem sido de 66 mil por mês, quando seriam necessárias 88 mil.

No caso de meningite, especificamente, as vacinas que fazem parte do calendário oficial são a Meningo C, a Pneumo 10-Valente, a Haemophilus influenzae (sua incidência reduziu muito nos últimos anos) e a BCG, que imuniza contra formas graves de tuberculose com possibilidades de evoluírem para meningite.

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