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20 de abril de 2024

Convivendo com a morte: a rotina do agente funerário em Maringá


Por Nailena Faian Publicado 02/11/2019 às 12h09 Atualizado 24/02/2023 às 21h28
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Buscar o cadáver na casa ou no hospital, levar até a funerária, prepará-lo para o velório com práticas que envolvem até a maquiagem e reconstrução facial ou de alguma outra parte do corpo são rotinas diárias dos agentes funerários.

Em Maringá, o Prever conta com 20 profissionais. O salário é de R$ 2,6 mil mensais. Edilson Carlos Lanzoni é gestor da funerária e conta que nos dias de hoje não é mais tão difícil encontrar pessoas que queiram trabalhar na área.

“Antigamente as pessoas tinham muito receio. Hoje está mais fácil, tem mais cursos, mais especializações. A maioria dos profissionais que temos é homem”, conta.

Um dos procedimentos que esses profissionais mais realizam é a tanatopraxia, que é a técnica de conservação dos cadáveres para o velório. Isso evita que o corpo sofra a decomposição natural durante a cerimônia.

“99% dos corpos passam por esse procedimento. O plano já cobre isso e quem não tem a gente oferece o serviço. A maioria opta por fazer para não passar por constrangimento na hora do velório ou funeral. Porque pode acontecer de ter alguma secreção e esse processo feito antes evita isso”, explica Lanzoni.

A tanatopraxia custa entre R$ 980 a R$ 3 mil. O valor varia conforme o tempo que for preciso que o corpo fique conservado. 

A funerária também oferece a necromaquiagem, que é arte de maquiar cadáveres. No entanto, segundo Lanzoni, poucas famílias optam pelo serviço. 

“A maioria não é muito adepta a esse procedimento. Em homem é muito raro ser feito. Quando é mulher, muitas vezes a família acha que não vai ficar com a aparência boa”, conta.

Já nos casos em que família opta pela necromaquiagem, o agente funerário conversa com os familiares para entender o que eles querem que seja feito. No procedimento é usada uma linha de cosméticos exclusiva para cadáveres. O serviço custa de R$ 180 a R$ 550.

Além disso, os agentes funerários também fazem a reconstrução e reparação do corpo. O procedimento é necessário quando alguma parte do corpo que ficará à mostra no caixão está lesionada devido a acidentes, por exemplo.

“Geralmente o que mais tem é reparação facial. Nesse caso é usada cera da cor da pele da pessoa. Antigamente não existia esse procedimento e então as urnas precisavam ficar fechadas”, lembra Lanzoni.

De acordo com ele, o procedimento geralmente é bastante demorado e há casos em que não fica bom devido a gravidade da lesão. O valor do serviço depende do tipo de reconstituição que necessita ser feita. Os produtos utilizados são importados.

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