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18 de abril de 2024

UPA: médico que atendeu criança falou em suspeita de envenenamento


Por Monique Manganaro, com informações de Luciana Peña Publicado 04/02/2020 às 13h33 Atualizado 24/02/2023 às 03h12
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Após a morte de uma criança de 7 anos nesta segunda-feira, 3, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte, em Maringá, o secretário de Saúde Jair Biatto explicou como aconteceu o atendimento da menina. A suspeita inicial, confirmada pela assessoria de imprensa da Prefeitura de Maringá, é de dengue.

No entanto, de acordo com o secretário, o médico que fez o atendimento da criança levantou outras duas suspeitas. Além de dengue, estão sendo investigadas outras duas possíveis causas da morte: infecção e envenenamento. A menina, conforme disse Biatto, foi atendida a primeira vez na sexta-feira passada, 31.

“[A família] procurou nossa unidade na sexta-feira, por volta das 5h30, com uma queixa principal, documentada no prontuário, de dor no pé [porque] um portão havia caído no pé [da menina]. Foi medicada, orientada e [feito] exames de imagem. Foi liberada e essa criança voltou ontem [segunda-feira], por volta de meio-dia, com náuseas, vômitos, dor abdominal e febre”, detalhou.

Conforme Biatto, a criança foi atendida novamente, hidratada, já que estava vomitando, e medicada. O médico, então, pediu exames para investigar a causa dos sintomas.

“A criança estava na sala de observação, comeu, andou, subiu e desceu da cama sozinha. Por volta das 14h30, ela começou a se sentir pior. Ficou mais sonolenta, [teve] uma piora neurológica e a pressão caiu. Foi quando levaram essa criança para a sala de emergência, no qual três médicos começaram o atendimento, [fizeram] hidratação, remédios para subir a pressão, e por volta das 16h ela evoluiu para uma parada cardíaca”, explicou.

A equipe tentou reanimar a menina por mais de uma hora, segundo o secretário, mas ela não resistiu. A morte foi confirmada às 17h15.

“Após o atendimento, quando o médico foi conversar com a família, as hipóteses eram infecção por bactéria, envenenamento – porque é uma criança que pode ter colocado qualquer coisa na boca, tinha sintomas de náuseas, vômito, e ele achou que o sangue tinha um aspecto diferente quando ele fez a pulsão para fazer a hidratação – e também dengue”.

Por ter sido citada a suspeita de envenenamento, surgiu um questionamento e a família precisou registrar boletim de ocorrência para que o corpo da menina fosse encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). Conforme Biatto, quando há a suspeita de uma causa externa, o boletim precisa ser registrado para que o IML apure a causa da morte.

“[Foi] feito um boletim de ocorrência e encaminhado ao IML para que possa ser investigado se teve mesmo um envenenamento acidental. Além disso, o médico também solicitou investigação para outros exames de dengue, porque a gente sabe que hoje a gente vive um momento crítico no Paraná e a criança tinha sintomas. Todo óbito que tem uma suspeita de dengue precisa ser confirmado e também foi solicitado um exame que sugere que pode ter sido dengue. Esse exame não confirma, mas sugere”, ressalta o secretário.

O resultado sobre a suspeita será dado pelo Governo do Estado.

Durante a entrevista, Jair Biatto voltou a orientar a população e reforçou os pedidos para que cada um mantenha os quintais limpos. “É importante a gente dizer que muitos casos de dengue ainda virão. Nós estamos começando fevereiro e sabemos que o pico é março. Várias ações já estão sendo criadas, mas volto a falar, o maior foco de criadouros está nos nossos quintais, e é a nossa família que está sujeita a esses riscos”, alertou o secretário.

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