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19 de abril de 2024

Rua com casas contêineres vira ‘ponto turístico’ em Maringá


Por Nailena Faian Publicado 14/11/2018 às 18h31 Atualizado 18/02/2023 às 23h15
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A Rua Sindicalista Paulino de Carlos, no Jardim Canadá II, em Maringá, deixou de ser uma via comum. Nos últimos meses, o movimento de pessoas lá aumentou e muito. O motivo são duas casas contêineres, uma que está pronta e outra que está sendo finalizada.

“Eu nem consigo trabalhar, toda hora tem que parar porque as pessoas ficam vindo aqui, querem entrar, conhecer. De domingo nem se fala. A rua virou ponto turístico”, conta o responsável pela construção, Cássio Libero Girardi, de 44 anos.

O morador via as construções com contêineres no Estados Unidos e ficava admirado. Decidiu colocar o sonho em prática. Primeiro ajudou na construção de uma casa contêiner para seu avô. Depois, investiu em um projeto mais ousado para construir o próprio sobrado de contêiner.

O imóvel é formado por seis contêineres que vieram do Porto de Santos (SP) e de Itajaí (SC). Cada um custou em torno de R$ 13 mil. “É um projeto muito atrativo. Fica cerca de 30% mais barato do que uma casa de alvenaria”, explica Girardi.

Ele começou a construir o sobrado de 310 m² há três meses e a previsão é de que em no máximo trinta dias esteja pronto. Além de ser mais barato, o tempo para levantar o imóvel é bem menor do que um de alvenaria.

Girardi, o filho e um soldador que também é apaixonado por contêiner trabalham de domingo a domingo para finalizar o projeto. A casa tem quarto, sala, cozinha, banheiros, sala de jogos, piscina e até sacada.

De acordo com a Secretaria de Planejamento da prefeitura, não é preciso projeto especial para construção de um imóvel com contêiner. Por não existir diferenciação de projetos de alvenaria, a pasta não soube informar quantas casas contêineres têm na cidade. Girardi acredita que tenha pelo menos outras três. “Caprichada igual a minha não tem nenhuma”, brinca.

Questionado sobre ser muito quente dentro do imóvel, Girardi explica que é mais fresco que casas de alvenaria. “Enquanto o sol está batendo, a lata fica quente para o lado de fora. Só passar dez minutos sem bater sol e ela já fica gelada. É uma economia de ar condicionado”, diz ele.

E a aventura se tornou negócio. Uma imobiliária da cidade se interessou no projeto e quer que sua sede seja em um contêiner e é Girardi quem está à frente da execução.

“Acredito que esse tipo de projeto deveria ter desconto, porque o contêiner é um material de descarte, depois de dez anos em uso não tem aproveitamento e é vendido. Deveria ter um incentivo para ser construir mais casas assim, o lixo é quase zero durante a construção”, defende.

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