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19 de abril de 2024

Obra onde laje caiu não tinha alvará de construção


Por Victor Simião/CBN Maringá Publicado 24/05/2019 às 19h37 Atualizado 22/02/2023 às 14h53
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O bloco em construção cuja laje caiu no dia 16 de maio não tinha alvará para ser executado, segundo a Prefeitura de Maringá. A obra estava sendo construída no Centro Universitário Cesumar. No desabamento, Natália Celeste, de 20 anos, que estagiava na obra, foi atingida. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu em decorrência de parada cardiorrespiratória. Outras duas pessoas foram atingidas e levadas a hospitais.

No momento do acidente ocorria o alinhamento de uma laje no 5º andar – que caiu e levou outras estruturas que estavam abaixo, causando o chamado efeito dominó.

De acordo com a Prefeitura, a Unicesumar solicitou alvará de construção em agosto de 2018. O pedido foi indeferido em novembro por falta de documentos que embasassem a análise. A empresa foi notificada dessa decisão. E aí um novo pedido foi protocolado em março deste ano – e ainda está sob analise – o que leva até 90 dias. Enquanto isso a obra segue embargada.

No dia da ocorrência, a Defesa Civil informou que tudo estava em dia. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia também. Nesta sexta-feira (24) o Crea reforçou que não emite alvará e sim fiscaliza empresas e profissionais habilitados. E, nesse caso, as licenças estavam regulares.

A Unicesumar, por meio de nota, confirmou que a Prefeitura havia pedido mais informações sobre a obra e chamou o alvará de “uma medida administrativa que não reflete no ocorrido”. Além disso, informou que ações e segurança estavam em dia.

Apesar do posicionamento da instituição, a Prefeitura informou que uma obra não pode ser realizada sem o alvará.

A CBN questionou a Unicesumar, via assessoria de imprensa, quem assumiu a continuidade da obra sem o alvará. A assessoria informou o que a única manifestação sobre o assunto era a que estava na nota – o que não responde a essa pergunta.

A fiscalização da construção cabe ao poder público – o que não aconteceu. Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura, em locais particulares é necessário haver uma denúncia ou então o setor responsável perceber um problema visualmente.

A CBN entrou em contato com a empresa responsável pela construção do bloco, que tem sede em Chapecó (SC). Por telefone, a reportagem foi informada de que o responsável não estava, mas que ele entraria em contato assim que possível.

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