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25 de abril de 2024

Na era do ‘Whatsapp’, orelhões ainda resistem em Maringá


Por Monique Manganaro Publicado 09/09/2018 às 13h50 Atualizado 18/02/2023 às 05h15
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Engana-se quem pensa que os orelhões estão ultrapassados, ou que ninguém mais utiliza os telefones públicos tão populares no passado. Somente em Maringá, 1.533 equipamentos ainda estão instalados pelas ruas da cidade e, em todo o Paraná, são mais de 40 mil, segundo dados da Oi, empresa de telefonia responsável pelos orelhões em Maringá.

De acordo com a operadora, o Brasil tem um número elevado de telefones públicos na comparação com outros países, que vêm reduzindo o uso dos aparelhos. “Apesar de ter menos da metade da extensão territorial da Rússia, o Brasil tem cinco vezes mais orelhões instalados”, destaca a Oi.

Atualmente, existem 640 mil orelhões em todo o país (exceto o estado de São Paulo), mas aproximadamente 50% não são utilizados. Para a empresa, o pouco uso dos aparelhos pode ser explicado, principalmente, pelo avanço da telefonia móvel.

“Resistência”

Mesmo na “era do Whatsapp”, os adeptos às chamadas de orelhões ainda são encontrados. Esse é o caso do morador de Maringá Oswaldo Bernardino, de 72 anos. Mesmo com um celular, o aposentado diz que gosta e não abre mão de fazer ligações pelo telefone público instalado próximo à casa onde mora.

Seo Oswaldo é uma das pessoas que aproveita o fato de as ligações dentro do Paraná serem gratuitas e mantém contato com familiares de cidades da região, sem pagar nada. Segundo ele, algumas vezes chega a brincar com a família passando trotes. “Só de vez em quando”, comenta.

Os usuários dos telefones públicos deixaram de pagar para fazer determinadas ligações em 2012, quando a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou que a Oi não poderia mais cobrar pelas ligações para telefones fixos feitas a partir de orelhões. A medida foi aplicada em 2.020 municípios brasileiros, sendo 282 no Paraná. Na região de Maringá, 18 cidades passaram a desfrutar da gratuidade das chamadas na época.

Depredação

De acordo com a Oi, mesmo que não sejam mais tão utilizados, os orelhões não deixaram de ser alvo de vândalos. Apenas no primeiro semestre deste ano, em média, 15% dos telefones instalados no Paraná foram danificados. Os atos de vandalismo causam, principalmente, defeitos nas leitoras de cartões, em monofones e teclados, além das pichações e propagandas colocadas nos aparelhos e nas folhas de instrução de uso prejudicarem o “entendimento das orientações pelos usuários”, avalia a Oi.

De acordo com a operadora, em alguns casos, as equipes consertam e limpam os orelhões e eles são danificados no mesmo dia.

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